Impressões semanais: Silver Spoon #04: A pizza


O episódio mais light e despretensioso até agora ?

Fiquei com sentimento misto ao final desse episódio, que apesar de divertido, me pareceu algo próximo de um filler (se não fosse pelo assunto referente ao Presunto e o professor do Hackiken aparecendo no final eu teria certeza), mas vamos do início.


A preocupação do Hachiken com as notas foi engraçada, ele é bom em tudo, mas não é perfeito em nada (particularmente, eu iria preferir ser bom em tudo do que ter uma única especialidade). A reflexão dele depois é que me deixou meio intrigado, “porque não estou feliz com isso?”, não vi aonde o enredo estava querendo chegar com isso, do modo que eu vejo ele não esta feliz porque se acostumou a ser melhor que todo mundo em sua antiga escola, e nessa ele não está conseguindo a mesma façanha (na verdade está, só não do jeito que ele pretendia). 

Essas expressões estão ficando um pouco exageradas
Depois de um pouco de comédia educativa com os cavalos, “tratores de corrida”, e limpar fucking 1 hectar (equivale a um capo de futebol) de lixo que eu gostaria de saber de onde veio (sempre pensei nos japoneses como um povo super limpo e que não joga nada no chão) Hackiken descobre um forno, que acaba nos levando a pizza, o tema central do episódio (ou não, se você quiser ficar catando significados mais profundos).

Comer ou não comer? eis a questão.
Não tem muito o que falar sobre o processo de produção da pizza, do meu ponto de vista isso só sérvio para reforçar os laços de amizade do Hachiken com seus colegas (que nunca foram ruins pra início de conversa). A parte do seu senpai o confrontando com a pergunta se ele conseguiria comer ou não o Presunto (seu porco de estimação) foi estranha, e me pergunto se a autora vai fazer disso uma espécie de drama mais pra frente (espero que não). 

Achei meio irreal esse professor, nunca na vida vi alguém tão preocupado assim com um aluno, não digo que seja impossível, mas é no mínimo raro, ou talvez seja algo do japão. Sobre mandar o Hackiken para Enzo com o propósito de fazer ele se conhecer melhor e decidir o que fazer da vida, bem, de fato ele tem inúmeras possibilidades naquele local, faz sentido.

No fim esse episódio foi muito estranho pra mim, por um lado achei encheção de linguiça, Hackiken já se dava muito bem com os seus colegas [ele é super gente boa afinal e nunca aparentou ser anti-social], a autora não precisava fazer ele produzir uma pizza pra deixar isso ainda mais claro, mas como eu me peguei sorrindo igual bobo no final, acho que no mínimo meu subconsciente gostou do que viu. O problema (se é que podemos chamar de problema) da falta de proposito do Hackiken continua nos cutucando, nesse episódio em particular com ele invejando as ideais de seu colega ruim em matemática sobre fazer um robô. 

Dos quatro primeiros episódios que tivemos até agora achei esse o mais fraco, apesar de não ter sido ruim. Foi mediano, divertido e teve um pouquinho de plot (bemmmm pouquinho).

Avaliação: ★    ★

******

NERD!!!

De fato, na primeira semana as pernas doem um pouco (coxas na verdade) mas só se você fizer trote e galope, passo (o andar normal do cavalo) não causa isso.

Lembram que comentei que esse diretor é “razoável” porque ele segue a obra original mas não consegue passar a essência dela com perfeição ou mesmo melhora-la? comparem essa parte do anime com o manga e vão entender o que quero dizer, a cena é quase a mesma mas no manga ficou mais engraçado. 

Estou começando a gostar desse cara.

Tenho quase certeza que essa imagem será refeita no BD, o queijo parece batata frita e o Hackiken está super vesgo.

Por algum motivo essa cena me deu vontade de comer pizza.


Tava sorrindo igual um bobo alegre nessa parte, acho que fui contagiado.

3 Resultados

  1. fredetona Gomes disse:

    Bem, no meu ponto de vista o anime não tem um fim até o presente momento já que o protagonista não tem algum propósito, então, acho que até o episódio em que ele escolherá o que vai querer ser vai ser um monte de ‘filler’, apesar de que, neste episódio, penso eu, mostrou um pouco da evolução de Rack, pois, aparentemente, ele era uma pessoa introvertida em sua antiga escola.

    Agora, analisando o ponto de vista da descontentamento de Rack com relação a comparação de sua nota com os demais, é de que seu conceito anterior está sendo ‘quebrado’, devido a antes imaginar de que seria o melhor em tudo, pois na escola só estuda os filhos de fazendeiros e os pés de barro caipiras (pelo que me lembro, houve um episódio que tratava este assunto).
    Acho que futuramente haverá o conflito entre matar o porquinho ou deixá-lo viver, já que todos quando não acostumados com esse estilo de vida e se apegam com os animais criam vínculos e no momento em que os matarão não tem coragem e, finalmente, continuam a cuidar ou pedem para outra pessoa fazer o serviço.
    Resumindo esse episódio: fiquei com vontade de comer pizza.

    Obs: não sei como não doeu os órgãos genitais dele, os meus doeram demais quando cavalguei algumas vezes. (movimentos de sobe e desce machucam)

  2. Isso não é algo da Arakawa, que pra começo de conversa tem um timing e domínio de ritmo fantástico. O anime peca demais nesses pequenos detalhes, principalmente se tratando de um slice of life. Essa parte do enredo, deveria ser um pouco mais longa, pontuado os questionamentos e o cansaço psicológico e físico do Hachiken, que lá na frente será importantíssimo, e suponho que o anime terminará neste clímax, ou então o diretor vai apressar tanto as coisas que irá fechar no “segundo arco”. O processo da pizza é bem legal, mas nem tanto o desfecho dele em sim, mas vermos o Hachiken sobrecarregado de coisas pra fazer, o final acaba por ser mais climático depois de todas aquelas turbulências. E o lance do professor é bem comum em animes e mangás, eles agem como tutores muitas vezes.

    • Marco disse:

      Se eu já não gostei do que esse diretor fez em SAO (principalmente na segunda parte) a moral dele tá só caindo mais com Silver Spoon. Ele parece fazer tudo no piloto automático, não existe nenhum refinamento ou atenção a detalhes nas obras que ele adapta.

      Eu sempre leio o manga depois que assisto o episódio pra poder comparar, e o manga sempre acaba se saindo melhor, principalmente no que tange a parte cômica (só não curto a arte da Arakawa).

      Imagino se frear a chegada desse climax ao qual você se refere foi o motivo de terem feito do episodio 5 um “filler bem safado”.

Deixe um comentário