Araburu Kisetsu Otome domo yo #11 – Impressões Semanais

Esse episódio, ao menos para mim, funcionou melhor a partir da segunda metade. Em certos pontos da história do anime as coisas aconteciam um pouco rápidas demais, porém, não tinham me incomodado como aconteceu dessa vez.

Um bom exemplo disso é a cena da Sugawara com o pedófilo estranho. Por mais que tenha sido uma delicia vê-la dar aquele soco na cara dele, no papel acaba sendo um desenvolvimento rápido, que não entrega o necessário para ter destaque.

A situação ali remete ao estado frágil em que a Sugawara se encontrava, e como ela está buscando até mesmo a sua autodestruição para se ver livre desse karma, mas, não tem tempo de gerar esse impacto que precisava, porque é rapidamente trocado por outra situação, e você não para para pensar no que aconteceu.

A conversa a Kazusa com a Sugawara, por sua vez, também não vai muito longe, com diálogos que, sinceramente, me deixaram insatisfeito por ser o básico do básico, e ainda com encenações meio forçadas.

Nem vou entrar muito em detalhes do quão trouxa boazinha a Kazusa se comportou ali, mas foi uma cena que eu fiquei bem qualquer coisa sobre o que estava acontecendo. Dava para tirar algo melhor dessa declaração da Sugawara, e desse sentimento de inferioridade que a Kazusa carrega em relação a Sugawara.

Vai lá, miga, se confessa pro cara que já tava flertando com você…

Por tabela, o desespero da Kazusa, ao ponto de tentar criar uma relação mais forte com o Izumi, acaba indo pelo mesmo caminho e sendo jogada em um contexto que não trás um bom resultado no geral.

Ficou aquele clima meio boca, com cara de vai, não vai, Izumi se entregando, a Kazusa tentando ser fofa, e no final não deu em nada.

Somando tudo isso, na minha perspectiva, o que sobra é um conjunto de situações que entram e saem de cena porque tem a obrigação de fazer isso, e não porque realmente estão tendo o seu desenvolvimento, o que me deixa a sensação de coisa feita as presas.

Isso, na verdade, é um pouco preocupante, porque, até então, o anime está programando com doze episódios, o que coloca a semana que vem com o grande final, onde muita coisa precisa ser resolvida ainda.

Continua no próximo episódio ou não.

Por fim, o lado positivo do episódio é todo o contexto da Sonezaki, e aquela leve reviravolta no final, com a decisão das garotas de libertar a escola da ditadura colocada em cima dos namoros.

Eu gostei bastante de como o plot twist da expulsão funcionou, ligando a questão da Jujo ter ficado gravida, com o fato da Sonezaki ter assumido o namoro e a decisão da direção da escola, para que as coisas pareçam coesas.

Seria legal ter um pouco mais de discussão em cima da Sonezaki, já que essa consequência pesa muito no estilo de vida que ela tanto prezava antes de se apaixonar, mas, como falei, o tempo não está muito a favor da obra, e só de terem entrado bem com esse clímax já da para ficar mais aliviado.

A decisão das garotas de pegar o Milo como refém é interessante, mas ao menos tempo me dá a sensação de que não vai muito longe. Um grupo de policia resolveria situação fácil, já que elas não estão realmente ameaçando a vida dele, então me parece que não vai dar em nada.

Só que, aí que está a jogada. Por justamente não dar para comprar que esse protesto vá funcionar, é que as coisas acabam me deixando curioso para saber como serão resolvidas. Se vão pelo menos reverter a expulsão da Sonezaki, ou se vai todo mundo rodar junto e ser expulso.

Não dá para saber se a escola vai ouvir os pedidos só por isso…

Em resumo, Araburu tem dado sinais de rush, mas ainda consegue balancear bem os dramas do enredo para manter a história interessante.

Não sei o quanto de material o mangá tem pela frente, mas considerando que já foi finalizado, o anime deveria entregar o encerramento na próxima semana.

Vamos ver como fica, ou se quem sabe anunciem um segundo cour para alguma temporada seguinte.

Extra

Alguém precisa dar um abraço nela e dizer que tá tudo bem.

Ideais ela tem, isso ninguém pode negar.

Era só ter falado.

Sujeira…

Isso merece até um gif.

Meu Deus, Kazusa kkkk

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.