Kishuku Gakkou no Juliet #12 – Impressões Finais

Um final movimentado que conseguiu colocar certa tensão sobre o romance dos protagonistas. Em linhas gerais, esse seria o resumo sobre o episódio dessa semana.

Entre tapas, beijos e tortadas na cara!

Todo relacionamento é marcado por um ponto de virada, isso é fato. Eu não lembro exatamente em qual análise eu disse isso, entretanto, comentei que Juliet, provavelmente, só assumiria seus sentimentos por Romio para valer no final do anime. Parece que eu estava certo! A renovação de votos do casal foi um acréscimo bacana logo no início do episódio.

O único estranho foi o “poder do amor”; que fez Romio pular do terceiro andar, pois ele sabia que Persia o esperava em algum lugar. Fez seu papel fofo no enredo, porém, é um pouco incoerente. A gente releva por ser uma obra de romance ao pé da letra. Obviamente, o grande destaque fica para o “Eu te amo!” da Persia; uma frase profusa de sentimentos.

Outra ênfase bastante notável, foi o arquétipo de “donzela em perigo” ter sido deixado de lado. O autor da obra poderia seguir aquele datado caminho do mocinho precisar salvar a mocinha que está presa em algum lugar. Isso me preocupou muito no episódio 11, mas ao ver a Persia agindo por conta própria, minhas esperanças foram renovadas.

Mas, o que torna Kishuku Gakkou no Juliet uma obra divertida, é que nem só de Persia e Inuzuka o enredo vive. Os três patetas voltaram a ganhar um destaque; fazendo a parte cômica do episódio de uma forma hilária. Começamos com a apresentação de um “brutamontes” chamado Rex – é tipo um Arnold Schwarzenegger vestido de mulher – é bizarro!

Qualquer semelhança com “O Iluminado” é mera coincidência!

A relevância da cena fica para o reaparecimento de Maru. Seu jeito tsundere derrotou Rex, que, estava em um combate de “fofura” contra o Debi e o Lóide – os dois idiotas em apuros (sem o Maru, basicamente eles se tornam isso). Porém, o Maru realmente tem aquele jeito durão, mas se importa com seus amigos; tornando-o um tsundere nato.

A “chapa esquentou” quando Airu chegou ao dormitório dos White Cats atrás de seu irmão. Antes disso, Persia e Romio armaram um bom teatro com as tortas para que as desconfianças ficassem de lado. Entretanto, o irmão mais velho de Inuzuka já tinha suas suspeitas. Mas também, convenhamos, como o Romio deixa tantas evidências expostas? O calendário marcado se deu muito pela inocência do personagem, mas o sutiã foi total culpa da Char.

As coisas melhoram quando Cait – aquele esquisitão que faz dancinha do Michael Jackson – entra na briga. Seu contraste de personalidade é algo muito legal de se ver. A forma como alterna de um cara bobo para um rapaz sério; surpreende. Dá pra perceber que o clima entre Airu e ele não é um dos mais amistosos. Ao meu ver, os dois mantém essa guerra fria somente pelo fato de serem monitores, senão sairiam na porrada ali mesmo.

Em 2019, podem esperar que o óscar de melhor atriz coadjuvante vai ser disputado por Char e Hasuki. Enquanto todos estavam estarrecidos pela possibilidade de Juliet e Romio serem namorados, as duas entraram na onda – mesmo sabendo do segredo – de uma forma muito convincente. Eu já esperava isso da Char; visto a sua personalidade. Entretanto, a Hasuki conseguir agir dessa forma indiferente é que foi minha surpresa.

O relacionamento, àquela altura, estava por um fio. Tanto que achei que o Romio ia se declarar, entretanto, Juliet sugere um duelo de espadas reais para resolver os problemas. Essa cena trabalhou muito bem a tensão de todos os personagens e afirmou de vez o fator confiança do casal. Sério, a tática de acertar os rosários foi muito bem pensada.

A ressalva fica para a staff do anime. Poderiam ter animado a cena em que os monitores interrompem a briga. Seria boa de se ver. Apesar de que, no mangá, esse quadro também só é mostrado em um flashback. O que fica disso é uma confiança abalada, principalmente de Airu. Afinal, ele precisou ver o irmão quase se matando para “acreditar” que a situação não era um blefe.

Queria muito ter visto isso animado… ia dar um trabalhinho? Ia, mas ficaria legal

Em linhas gerais, há mais uma renovação de votos do casal no final. Enquanto Juliet soltou a frase de efeito no início, Romio mostrou atitude ao entregar o par de anéis. A decisão dele de se tornar monitor para mudar a situação do dormitório também foi uma coisa legal de se acrescentar. O que achei estranho, foi a Juliet não querer seguir o mesmo caminho; particularmente falando, acho que ela teria bastante capacidade de chegar ao posto.

O final foi aberto? Sim. A vida dos personagens continuam, afinal, nós estamos no capítulo 85 do mangá atualmente. E o anime só adaptou até o início do capítulo 19 (fica a dica aí para quem quiser continuar lendo). Quanto a uma segunda temporada? Somente o tempo poderá confirmar. Vai depender muito de vendas e reciprocidade do público. Todavia, a obra está em uma boa casa, o LIDENFILMS não é um estúdio espetacular, mas é competente no que se propõe a fazer. (Além de Juliet, Hanebado e Beelzebub-jou são outros exemplos de trabalhos bem feitos do estúdio esse ano).

Caso tenhamos uma continuação, a trama seguirá a vida de Romio como “officeboy”  de Kocho e Teria; uma parte engraçada da obra e que explica bem sobre os monitores.

Em suma, foi uma boa conclusão. O anime teve sim seus problemas, mas toda obra tem e isso será sempre um fato. Foram 12 divertidas semanas acompanhando esse enredo e, com certeza, não acho um desperdício de tempo. É aquele romance típico para você ver sem compromisso.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Nota do autor: chegamos ao fim de uma temporada pessoal! Foi bem divertido comentar Juliet aqui com vocês nessas doze semanas. Queria agradecer aos feedbacks de todos os textos e as discussões que são sempre proveitosas nos comentários. Ainda continuo com Slime por mais três meses. Sobre a temporada de inverno? Vamos esperar ela começar! A intenção era essa mesmo, sempre trazer um texto descontraído e cheio de referências a vocês. Pretendo continuar assim! \o

Review sobre o anime em poucas palavras

Adorei esse card!

Analisando Juliet em uma concepção geral, a obra conseguiu cumprir bem o seu propósito. A intenção era ser uma comédia romântica “bobinha” com clichês típicos desse gênero. De fato foi. O trabalho da staff baseou-se em altos e baixos, mas foi ok para uma obra de comédia. Diria que o maior destaque foi para a fotografia; o trabalho com a luminosidade em cena era algo bem-apreciativo. Apesar disso, as OST’s dessincronizadas e a inconstância de animação em alguns episódios tirou alguns pontos.

Frente à isso, há personagens extremamente carismáticos. Os dois protagonistas conseguem se destacar (apesar do Romio estar centralizado na maior parte das situações). Os personagens de suporte estão longe de serem ruins, pelo contrário, são um acréscimo grandioso. Tanto que a fandom volta e meia afirma que a Hasuki é a best girl(Tenho meus questionamentos quanto a isso).

Em suma, é divertido, mas não inovador. Juliet não teve medo de ser uma comédia romântica clichê em sua essência com várias referências, e o que torna a obra apreciativa é exatamente isso.

Animação: 6.5/10
Fotografia: 7.5/10
Direção e roteiro: 6.8/10
Personagens: 8.5/10
Trilha sonora: 5/10
Entretenimento: 8/10
Timing cômico: 8/10

Nota final: 7/10 (não é uma média dos tópicos anteriores, é um compilado de como eles conseguiram condensar isso tudo em um material final)

Extras: 

“Billie Jean is not my lover,
She’s just a girl who claims that I am the one Uooooh” ♫ – Michael Jackson approves!

Como diria a música de R. Kelly:
“I believe I can fly,
I believe I can touch the sky” ♩♫

Assim como diria a música Home da Gabrielle Applin…
“‘Cause they say home is where your heart is set in stone
Is where you go when you’re alone
Is where you go to rest your bones…” ♬
O Romio é o lugar onde o coração da Juliet se refugia quando se sente só, quando precisa descansar…

KKKKKKKKKKKKKKKKKK faltou só um artefato mágico para virar um Mahou Shoujo

“Eu passei muito tempo treinando com o Orochimaru pra fazer isso com a língua…”

Mano, essa Char é uma sádica hahaha vai saber o que ela faz com o Scott

Romio – o Officeboy (em breve nos cinemas)
Assista também em IMAX 3D

É inegável o belo trabalho que a fotografia faz

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.