Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl #01 a #02 – Impressões Semanais

 

A adolescência pode ser uma fase complicada. Expectativas para o futuro, insegurança, medo de mudanças. Existem várias coisas que cercam esse período da vida, como diferentes perspectivas e ideias que fazem dele um tema bem interessante de discutir.

Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl Senpai no Yume wo Mitai, ou apenas Seishun Buta para encurtar daqui para frente, aposta justamente nesse conceito, trazendo uma abordagem curiosa sobre essa fase, e a forma como ela impacta nos seus personagens.

A boa e velha adolescência.

Um dos principais pontos que fazem Seishun Buta funcionar tão bem para mim é o casal de protagonistas. Nesses dois episódios deu para perceber bem como a química entre os dois é boa, e como a relação deles é algo divertido de acompanhar.

O Sakuta tem aquele jeito frio e indiferente, típico de personagens que tentam ser mais intelectuais, por assim dizer, mas ao mesmo tempo tem um senso de humor bacana, que acaba contrastando com a personalidade mais ácida da Mai em certos pontos.

O diálogo entre os dois é sempre carregado desse tipo de coisa, onde um acaba, mesmo que sem querer, provocando o outro e criando situações que são tanto cômicas, quando românticas.

A forma como eles se relacionando, quebrando alguns expectativas dentro dessa construção do romance, é um dos grandes diferenciais do casal, e acaba sendo uma das minhas partes preferidas na relação dos dois.

A cena da sugestão do beijo seria um bom exemplo disso, onde eles tratam de um assunto, que normalmente é visto quase como um tabu dentro da maioria dos animes, de uma forma bem descompromissada e divertida.

Esse tipo de coisa é legal de acompanhar, e acaba trazendo um personalidade boa para a obra, fugindo daqueles típicos casais que a gente vê tanto por aí.

Sinceramente irônico.

Mas nem só de romance vive Seishun Buta, e a história também tem sua parcela de destaque na obra, muitas vezes sendo o grande destaque para mim.

Nesses dois episódios, deu para ter uma boa ideia de como as coisas funcionam no mundo do anime, e em com o autor tem uma visão particular sobre os problemas que seus personagens vão passar.

A Síndrome da  Adolescência é um fator extremamente importante para a obra, e a adaptação conseguiu organizar bem as informações para deixar claro como esse problema interferem na vida dos personagens.

Não somente em relação a Mai, mas também no passado do Sakuta e nas dificuldades enfrentadas pela Kaede, tudo foi colocado em cena de forma simples e prática, garantindo aquele clima de mistério e curiosidade, sem cair em diálogos maçantes ou sem graça.

Essa organização dos fatos era importante, e a adaptação, ao menos para mim, conseguiu ser competente em criar o interesse necessários ao mostrar os diferentes pontos da história que podem ser trabalhados no futuro, mesmo que ainda estejamos lidando apenas com o primeiro arco.

Ela seria um ótimo exemplo do que esperar daqui para frente.

Em adicional, a Síndrome da Adolescência é algo que me chama bastante atenção, em especial, pela forma como cria certas reflexões no comportamento dos seus personagens, e que acaba sendo refletido em certas ações que nós mesmo fazemos no dia a dia.

A Mai, com seus desaparecimentos, trás muito daquele sentimento comum na adolescência, onde a vontade de sumir acaba batendo de vez em quando, mas apresenta junto uma perspectiva mais pesada, com essa atitude limitando sua vida em diversos aspectos.

O reencontro com a sua mãe foi uma das cenas marcantes desses dois episódios para mim, porque acaba apresentando uma situação complicada de lidar, do ponto de vista da personagem, onde sua existência é negada por uma pessoa importante.

Isso cria uma relação entre ela e a sua situação, que deixa a personagem ainda mais interessante de acompanhar, já que entender como a Síndrome está a afetando, e até que ponto ela é a responsável por aqui, acaba sendo um adicional para a obra.

Triste…

A situação da Kaede também é outro bom exemplo de como o autor consegue trazer uma certa complexidade para situações simples do dia a dia.

Colocar em prática a expressão “palavras também machucam” foi uma das coisas que me pegou de surpresa quando li o mangá pela primeira, porque essas “críticas” virtuais são um comportamento rotineiro, que muitas vezes a gente acaba fazendo sem nem mesmo perceber.

No caso dela era um pouco mais intenso, mas não deixa de ser um exemplo valido de como essa libertada que a internet nos dá pode acabar tendo efeitos negativos na vida das pessoas.

Esse tipo de ideia me agrada bastante, e também ajuda a criar personagens interessantes e situações que podem prender facilmente a atenção do espectador ao tentar entender como aquela Síndrome realmente funciona na vida dos personagens.

Chega a ser até um pouco pesado…

Resumindo, esses dois episódios de Seishun Buta conseguiram apresentar bem os personagens, e as informações necessárias para criar um mundo interessante para obra.

Os problemas da Mai, o passado do Sakuta, com a sua cicatriz e a garota chamada Shouko, e uma visão geral de como a Síndrome da Adolescência funcionam. Cada um desses aspectos conseguiram me fazer ficar curioso para saber o que pode surgir da história, além, claro, de querer ver mais um pouco da relação entre os protagonistas.

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E você, que nota daria ao anime?

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Extra

só rindo mesmo…

Ela é tão fofinha quanto não tá servindo de fanservice siscon.

Depois disso é para casar.

Melhor resposta possível.

Gato de Schrödinger é um clássico em obras do tipo.

O pior é saber que isso é a pura realidade…

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.