Darling in the Franxx #13 – Um passado traumático | Impressões Semanais

 

O vídeo é do Marco e a análise escrita feita pelo redator Marcelo, recomendado darem uma olhada nos dois:

Continuando o gancho que criou na semana passada, Darling traz um belo episódio sobre o primeiro encontro entre os protagonistas, carregado de um drama sutil, mas bem encaixado, que constrói uma relação bem bacana para os dois, além de responder algumas questões de forma indireta.

Aquele episódio que passa voando.

De maneira geral, o episódio é bem simples, mostrando o período em que a Zero Two e o Hiro ainda eram crianças. O drama consegue ser bem estruturado, intercalando os momentos de apresentação, com as cenas mais pesadas para causar um impacto maior.

Os abusos que a Zero Two sofria são típicos de criaturas capturadas pela humanidade, com os constantes testes e experimentos de capacidade. Para quem tem ela como waifu (alguém não tem?), as cenas devem ter sido bem revoltantes, porém, o que mais chamou atenção ali foram os momentos com a sua “mãe”.

O fato da criatura ter uma aparência abstrata pode ter sido apenas a forma como metaforizaram a visão da Zero Two sobre a humanidade, mostrando que ela não diferenciava muito eles (por mais que sabia o sexo daquela boneca). O fato dela ter desaparecido do nada também pode ser uma maneira de indicar que o afastamento da pessoa aconteceu de forma súbita, deixando essa sensação na Zero Two, além disso, a troca de ambiente que ela passa, sugere algo bem interessante.

Não faria muito sentido ter uma mudança tão brusca de cuidados, saindo de um quarto onde tinha um berço e vários ursos de pelúcia, para uma cela simples e vazia, se ela estivesse sob a supervisão dos cientistas desde o início. De um lado ela recebia boas refeições e até mimos (o livro), enquanto que do outro era privada dessas mesmas coisas.

Por mais que o anime não diga claramente suas origens, ou explique a razão dela ser daquele jeito, dá para supor algumas coisas baseadas nessas informações deixadas, como a possibilidade dela ter nascido de um humano, mas com aquela mutação (até agora o anime ainda não falou o que exatamente os Urrossauros são, então fica complicado).

Agora é esperar para ver se vão explicar mais.

Já para o lado do Hiro, as informações são mais de confirmação, do que desenvolvimento. Essa sensibilidade que o Hiro tem explica os motivos dele ser considerado como especial. Para clones, homúnculos, ou qualquer outra coisa que as crianças sejam, ter essa consciência apurada acaba sendo um fator que realmente diferencia ele dos demais, ainda mais por ser relacionada a aprendizagem.

Essa parte também mostra um pouco mais das maneiras em que os exames eram realizados, e das diferenças entre as crianças com dígitos baixos, o que leva o Hiro a começar a ficar cada vez mais desconfiado.

De qualquer forma, essa busca por respostas acaba levando ele a encontrar a Zero Two, e trazer um conjunto de cenas “fofinhas”, que caem como um belo conforto para todo o sofrimento que foi mostrado antes, além de vender os dois como um casal ainda mais forte.

Um leve conto de fadas.

Acho que não adianta muito ficar falando das coisas que aconteceram aqui, porque o anime já fez isso bem o bastante, e conseguiu funcionar mais como algo visual, do que teórico. A Zero Two criança é muito bonitinha, e como disse mais acima, isso só ajuda a deixar a recompensa por ver os dois juntos ainda melhor, já que aquilo aumenta as frustrações pelo abuso que ela sofria, assim como a deixa sensação de proteção que o Hiro cria ainda mais agradável.

Ela comendo o rato, aprendendo a falar, e sendo nomeada pelo Hiro, acabam construindo um drama simples, mas que funciona bem para prender a atenção e aprimorar mais empatia pelos personagens. A inserção do conto da Fera e do Príncipe também casa muito bem, e dá um toque fantasioso para a relação entre os dois.

O final, depois do Hiro ingerir o sangue azul, responde boa parte das perguntas sobre a compatibilidade entre os dois, principalmente ao mostrar os experimentos feitos no Hiro após a captura da Zero Two.

Se apenas toda essa construção do episódio não bastasse, o momento em que o anime volta para os tempos atuais, cria um gancho incrível para o episódio seguinte, onde o Hiro e Zero Two se lembraram um do outro.

Só por essa expressão já dá para ficar ansioso.

Apresentando mais um episódio nas medidas certas, Darling in the Franxx consegue acentuar boa parte do seu plot, e desenvolver um drama bem marcante em cima do passado dos seus protagonistas. Agora é entrar em estado vegetativo, e esperar até a semana que vem para ver como tudo vai continuar.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria ao episódio?

[yasr_visitor_votes size=”medium”]

Extra

Hiro com as memórias no lugar… Será que vamos ter um arco de revolução?

Gosto quando volto para reforçar informações. Terem mostrado o ponto de vista do Hiro sobre as memórias do Mitsuru ajuda a deixar claro onde as coisas aconteceram.

Será que vamos ver o(a) 01?

Explicado o porquê dela querer tanto os livros de ilustrações.

Bem legal terem colocado o livro no final do episódio. A história é bem bonita.

Essa cena… Não sei se acho bonitinho, ou nojento.

Mas os sangues foram misturados, e aí…

pesadão…

Ainda mais vendo essa fofura aqui.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.