Violet Evergarden #10 – Impressões semanais

E o episódio 10 Violet consegue outra história consecutiva com fechamento emocionante.

A psique humana é uma coisa curiosa de várias maneiras, mas a variação dela de pessoa para pessoa é o mais fascinante. Dá para conseguir padrões, mas nunca algo que funcione 100% para todos. O que afeta uns pode não ter efeito em outros, e esse episódio de Violet Evergarden é o melhor exemplo disso.

Muita gente terminou o episódio assim.

Alguns não sentiram nada nos episódios 7 e 9, que foram de longe os mais emocionantes para mim, alegando inclusive que era exagero achar esses episódios tão bons ou emocionantes. Qual minha surpresa, no entanto, quando algumas dessas mesmas pessoas vem até mim na quinta dizer que acharam esse episódio 10 o primeiro realmente emocionante, o primeiro que choraram… Eu fiquei meio… “Sério?”. Da minha parte, nesse eu fiquei de boa, sei que é emocionante por contexto, mas não cheguei nem perto de chorar.

O finalzinho com o tempo passando e chegando as cartas da mãe é bonito, tal qual o final com a Violet, mas meu apego a criança era bem fraco, e o pior, nada de OST emocional (na verdade até tem, mas some depois que a mãe morre). Eu sou muito influenciável emocionalmente por OSTs pesadas (aquelas bem sonoras! Seja letrada, como do ep 9, ou puramente instrumental, como do ep 7), seja em cena de ação ou drama.

OST (Original Sountrack) = BGM (Background Music) = Trilha Sonora = Aquela musiquinha que toca por trás nas principais cenas do anime.

Ficou melhor mais velha, mas cadê o cabelão? Mulher sem cabelão é pecado! XD

Se não tiver uma OST marcante, a chance de eu me emocionar muito é quase nula, a música tem peso de mais de 50% na cena para mim. Descobri isso me analisando e procurando padrões nas cenas que mais me emocionaram até hoje, e descobri que era a OST que me emocionava mais que a cena. Se os episódios 7 e 9 de Violet não tivessem uma OST forte em suas cenas principais, dificilmente eu teria sentido algo.

Já o episódio 10 usa apenas a música da Ending, que apesar de não ser horrível, eu não aprecio muito. Resultado, as cenas do final são bonitas, mas ficam apenas nisso pra mim. Não nego, no entanto, que está entre as melhores histórias contadas no anime, mantendo a constante de episódios realmente emocionantes que começou no episódio 7. E sim, essa é uma história da novel, mas nela não tem a Violet chorando no final, isso é um extra do anime, e é importante para caramba, porque mostra a maturidade emocional dela só aumentando.

É chatinha, mas isso é até realista para a idade e situação dela.

Em suma, não existe certo ou errado, verdade ou mentira, no que a pessoa deve sentir ao ver algo. Embora seja interessante não fazer análises puramente baseadas nisso, já que podem ser exageradas para mais ou para menos, dependendo pura e unicamente do investimento da pessoa na série. Análises frias demais parecem robóticas, enquanto as puramente emocionais nem sequer parecem análises, na maioria dos casos. Balancear eu creio que seja o ideal.

Quanto a história em si, não tem muito o que comentar. A parte mais curiosa é o quão realista é a criança. Ela é chatinha, emotiva, ingênua, e às vezes bonitinha, como uma criança daquela idade deveria ser. Crianças são algo complexo de escrever e existe uma tendência em deixar elas maduras demais ou imbecis demais quando se tenta. Felizmente não foi o caso aqui.

Violet, a mestre em fisiologia humana. Queria ver ela explicando como se fazem bebês…

Admito, no entanto, que achei meio enfadonho o episódio até chegar no final, cheguei a pausar 2x, com minha maior motivação para voltar sendo “o que diabos tem nessas cartas?”, de fato uma boa jogada do roteiro.

Se a história parece bem mundana, ao menos acrescente um mistério ou suspense. Mas o final compensa, com certeza, ainda que esse modelo de história muito parada não funciona tão bem comigo. É sempre bom frisar que “parado” não implica em “ação”, tem que ser muito mente pequena para reduzir as coisas a isso! Um drama pode ser movimentado, bastando uma dinâmica constante de mudança de eventos e cenas de impacto (Kiznaiver é o exemplo de um drama movimentado).

E foi isso, mais um ótimo episódio. Meio arrastado no começo, mas que entrega um lindo final, no qual uma mãe em uma situação terrível consegue uma forma de continuar presente na vida da filha durante muitos anos. Nesse sentido, é notório como cartas acabam tendo um encanto e valor muito maior que emails. Mais 4 episódios para o final, e na torcida para que a história mantenha o nível que subiu desde o episódio 7, porque desde então está entregando tudo que eu esperava da obra.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

A passagem de tempo deu um toque muito especial ao final. Foi digamos a parte mais emocionante da história até, e é meio que um final feliz, apesar dos pesares.

Quem diria que aquele robô do episódio 1 estaria assim 10 episódios depois.