Mahoutsukai no Yome #05 – Impressões Semanais

Pela primeira vez tive uma sensação diferente ao assistir Mahoutsukai, basicamente como se seu episódio tivesse terminado muito rápido. Provável que isso aconteceu pelo fato da história conseguir prender bem.

Sem dúvidas a apresentação da Alice e do feiticeiro foi bastante incomum. Uma hora pensávamos que eles estavam ali apenas para causar uma confusão, mas na verdade o interesse em ajudar a Chise acaba falando mais alto.

Para ela as coisas continuam como uma grande história mal contada, porém sua vontade de sabê-la não parece estar presente. E seu medo ao ouvir a palavra morte é agora refletido através da sua relação com o Elias.

Isso me pegou de surpresa. No desfecho anterior parecia que ela tinha embarcado na atitude de acreditar em qualquer coisa, mas muito pelo contrário. Chise se mostra cada vez mais profunda e adaptada a sua nova vida.

Já começamos bem

Seus novos sentimentos e ações refletem não só no seu poder especial, mas também na forma com que ela está os usando. E foi a partir da história da Mina e do Matthew que isso foi mais uma vez visto.

A história deles dois possui conexões bastantes óbvias, mas a entrada daquele tal feiticeiro foi o estopim para as explicações começarem. No final, o conto foi triste, mas com justificativas pesadas.

O amor do Matthew pela Mina o tornou capaz de fazer qualquer coisa por ela e manipulado, ele acaba realmente fazendo o absurdo. Em meio a isso, não é apenas seu desespero que explica até que ponto ele chegou, mas também quanto sua humanidade foi perdida.

Mina acaba sendo uma vítima. Mesmo que alguma vez ela tenha desejado por uma vida a mais dos gatos, Tim não a culpa pelo seu fim. Apenas fica claro que a culpa é tanto do feiticeiro, quanto do Matthew usado por ele.

Assim, com a trágica história de amor, o peso da liderança de um gato surge e voltamos para o presente.

p-e-s-a-d-o

Mais um acontecimento triste é visto pela Chise, um aprendizado sobre o que uma pessoa pode fazer enquanto apaixonada. E também, o quanto um feiticeiro pode fazer enquanto apenas obcecado por sua pesquisa.

Mas decidida a mudar as coisas Chise brilha nesse episódio. Primeiro ao confrontar a verdade de ter sido acolhida por uma família de verdade e sentir livre com isso. Depois ao se permitir resolver as coisas de uma forma mais positiva.

É a partir daí que vemos as mudanças que ela está passando e seus resultados. Vemos o quão bem está sabendo lidar com as próprias novidades e está começando a acreditar nelas.

E no final ela só queria que as coisas se resolvessem bem

No mais, curiosidades a parte é que nesse episódio tivemos uma apresentação digna do poder do Elias, e o que de fato ele é.

Pilum Murialis é mais um termo que a obra tirou do fundo de algum baú histórico. Muito provável estar se referindo ao latim. Pilum é um tipo de dardo romano muito semelhante a um espinho. Murialis ou Muralis gerou a palavra muro.

Nas táticas romanas, esse termo se referia a uma cerca de madeiras pontudas, que serviam como espinhos para defender seu território. Logo, quando Elias se denomina como um “muro de lanças” obviamente tem ligação com seu poder de espinhos. E ele também fala essa frase justamente enquanto está formando uma proteção com eles.

Realmente uma muralha de espinhos

Outro fato interessante foi quando a Ariel falou que a sombra era mais rápida do que a luz. De fato, isso me chamou atenção pela luz ser o contrário de uma sombra, então elas teriam basicamente a mesma velocidade só que contrária.

Porém, a escuridão não é algo físico, é algo mental. Assim como as cores são experiências isoladas que não podem ser medidas, a sombra também não poderia. Por isso que alguns cientistas dizem que afinal ela não tem velocidade, ou sua velocidade é infinita. E como algo tão subjetivo, isso justificaria a fala da Ariel.

Atrasadíssimo, moço

Voltando para a Chise, ela consegue resolver bem sua tarefa de eliminar a corrupção. Não apenas tentando salvar o Rei dos gatos, mas também alocando um final “feliz” para o casal.

O problema era ter de apagar a existência deles, provavelmente impedindo suas almas de retornarem. Até aí o conceito não é difícil de entender. Eles precisavam de um lugar para retornar.

Como basicamente a Ariel explicou o ciclo que os ventos guiam, ela também foi capaz de levá-los a uma parte do ciclo da vida deles. A resolução foi simples e menos dramática do que o esperado.

E que desfecho lindo…

A frase que mais chama atenção é quando a Mina diz que irá rezar para que não encontre a Chise logo, o que no final a faz pensar justamente no desfecho inicial. Afinal, quando ela irá partir? Quando seu corpo não irá mais aguentar?

Antes, para alguém que não estava apreensiva, sua mudança foi muito notável. Assim como, ao admitir que Elias é seu porto seguro, Chise finalmente se mostrou um ser humano com sentimentos notáveis e medos reais de se afastar de quem ama.

Mais natural que isso impossível. E foi graças a todo o misto de sensações e informações que esses 24 minutos passaram voando, demonstrando o quão interessante um enredo se torna ao se recapitular uma simples história.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria ao episódio?

[yasr_visitor_votes size=”medium”]

Extras

O que foi essa cena?! haha

Não brinquem com os felinos

Raiva dessa criança? Um pouco.

Tem cena mais fofa?

Gif’s time!

Que cena!

E no final, tudo simplesmente foi levado pelo vento

De uma forma muito bonita, diga-se de passagem

Adeus, Mina </3

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).