Kujira no Kara wa Sanjou ni Utau #08 – Impressões Semanais

O episódio dessa semana foi um daqueles casos onde testam sua aceitação para melodrama. Não digo isso de forma negativa, mas como uma consequência particular que os eventos desses dois últimos episódios tiveram sobre mim.

Quando começam com essa tentativa de sempre empurrar sofrimento e perdas, sendo que os personagens já não vinham sendo lá muito importantes para mim, acaba me deixando ainda menos interessado no que está acontecendo na vida deles, e perdendo completamento o propósito daquele drama.

Uma pena, mas ainda não me fez sentir nada…

Começamos com a morte do grupo de figurantes do episódio passado, que agora tem uma nova visão sobre o que aconteceu, mostrando os últimos segundos de vida do cara que acariciava cabeças (ele tem um nome?) e a sua ligação com o Suou.

Como comentei na última review, a morte dele já não tinha impactado muito como personagem, visto que não teve tanto tempo assim para criar uma grande simpatia e deixar uma sensação de perda, e quando isso é apenas empurrado como um imagem de infância, junto de um fala sofrida, acaba sendo ainda menos relevante, deixando aquela cara de “sinta pena dele”, coisa que não me agrada muito.

Isso também acaba sendo levado para as cenas do garoto de cabelo rosa, mostrando parte do seu passado e tentando criar uma certa simpatia por ele antes de chegar ao fim.

O problema é que ele era irritante como personagem, e as suas condutas por si só, faziam a indiferença a morte dele ser ainda maior. Até acho valido a tentativa de mostrar como ele também foi uma vítima do mundo em que vivia, sendo isolado pelos dois lados por conta dos sentimentos que desenvolveu, mas no final, o que realmente impressiona é a forma como ele morreu, e não por ter sido ele quem morreu.

Ao menos isso rendeu uma explicação.

Antes de falar sobre a forma como ele morreu, vale ressaltar que essa exposição do seu passado serviu para justificar uma das coisas que vinham sendo comentadas a respeito da sua personalidade.

Além de dar algumas informações extras sobre a cultura fora da Baleia, como a tal peregrinação para Anthropos, e um novo termo denominado Sarx, aquelas cenas explicam como ele chegou naquele estado eufórico, mesmo não podendo ter sentimentos por conta da Nous.

Isso diminui a sensação de que o personagem era um furo no enredo, ou um adicional que não levava muito em conta os padrões comportamentais da história, e estava ali apenas para agir como instabilidade e andar com o enredo em determinados pontos.

E o ponto de vista dele até que era interessante.

Em conjunto com esse passado, temos a segunda tentativa burra do Suou de converter pessoas para a população da Baleia, assim como um final, um tanto quanto inesperado para o garoto de cabelo rosa.

Admito que depois de tantos deathflags e tentativas de dramatização, eu não esperava que ele fosse morrer de verdade, ou que fossem conseguir fazer isso bem.

Eu particularmente gosto de como executam essa forma de exteriorizar o “pagamento” do vilão, sem deixar a cargo do herói dar um fim a ele.

Não deixa de ser uma forma mais inteligente e criativa de trabalhar aquela questão de ações x reações, e quando acontece da forma como foi a dele, sendo pego por pessoas abaixo das suas capacidades, acaba passando uma sensação melhor de justiça, como se o povo realmente tivesse superado os problemas por si, e não em nome de outra pessoa.

Talvez o que mais tenha sido estranho ali, tenha sido as criancinhas atirarem em alguém ferido, sendo que eram ensinadas a ter empatia, mas com foi mostrado no episódio passado, elas estavam tendo uma visão diferente dos problemas, e criando uma visão mais audaciosa que os adultos.

Se bem que vilões que caem na água tem o costume de reviver, então fica a dúvida…

Por trás de todas esses acontecimentos na Baleia, ainda tínhamos o problema dentro do Navio inimigo, onde as cosias ficaram um pouco mais interessante.

Mesmo o Ouni sendo badass e tudo mais, ainda foi meio estranho a forma como ele chegou lá e pegou o líder do esquadrão de refém. Tinha uma multidão de guardas, além de outros armados em pontos estratégicos para ter uma visão ampla daquele corredor, e o Ouni passou por tudo isso sem usar Thymia, ao melhor estilo ninja.

Na verdade, todo aquele conjunto de cenas me pareceu um pouco estranho, com o Chakuro parando para se concentrar, aquele bando de soldados não fazendo nada, e o que realmente salvou tudo ali, foi o momento em que o Ouni foi pego, e aquele homem de cabelo azul começou um cliffhanger sobre as Baleias, e o que elas significavam.

Cadê o treinamento de guerra?

Se realmente conseguirem expor tudo no episódio da semana que vem, as coisas podem ficar bem interessante, mas por enquanto, por mais que tenha oferecido alguns momentos bem feitos, ainda parece faltar alguma coisa nesse arco para trazer um impacto final ao anime.

A situação deles ainda é extrema e de risco? Talvez, mas depois de todo aquele misticismo por trás da música da Neri, um resgate milagroso não parece tão impossível assim.

Resta saber como vão executar tudo isso, e terminar essa invasão ao navio.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

A dança maluca da Neri não era tão a toa assim, agora resta saber até onde isso vai ajudar…

Capitão sendo a voz da razão de novo.

Por sinal, esse tipo de frase que o Capitão solta, me faz pensar que ele é um personagem bem interessante para ser explorado.

É exatamente isso que quero saber na semana que vem.

No céu tem cabeças? E morreu.

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.