Sangatsu no Lion – Impressões Finais e Review

E no fim, é apenas óbvio e natural que a última visita a Sangatsu tenha sido uma antípoda de si mesmo, entre uma metade boa e outra, no mínimo, questionável, como o conjunto em si. Inverte-se apenas a ordem. Aqui, a primeira parte deixa a desejar, enquanto os minutos finais, na troca de capítulo, nos dão uma despedida saudosa.

Pela maneira como terminara o episódio anterior, imaginei que as Kawamoto marcariam presença firme. Erro meu, infelizmente. Como uma separação e introdução a recomeços, iniciou-se um novo semestre para um novo Rei. Sim, Kiriyama não é mais o mesmo que vimos meses atrás. Isso, em síntese, é positivo. Houve um inegável desenvolvimento. Agora, ele vai atrás da mudança, e até sua aparente auto-depreciação cômica ilustra uma diferença na atitude, ao invés de apenas encarar como o decorrer natural das coisas. Não conformar-se com o que lhe abala é primordial para se desafogar.

O professor, que sempre estivera presente para, irritantemente, alegrar o dia do rapaz, se mostra mais e mais resiliente e impactante no destino do aluno. E o andamento deste novo clube só veremos a partir de Outubro, mas não é preciso se arriscar em dizer que terá consequências oportunas em sua vida. Sempre movido pelo jogo de tabuleiro, o brilho no olhar de Rei quando é requisitado como um mentor a homens mais velhos diz por si só que a importância do game vai além da estima trazida pela vitória; e sim na agregação propositada pelo jogo. Assim, cumpre-se o propósito ideal que o Shogi deveria ter na fábula de Rei: um artifício de condução, não o automóvel em si, como ocorrera no período mais frágil e decepcionante do anime.

Entretanto, é na segunda metade que 3-gatsu ressurge e desperta nossa automática negação em aceitar o fim – agora temporário – da obra. Desde a cena inicial, de conteúdo melancólico, mas construído em prisma iluminado e esperançoso, uma paralaxe de perspectiva na jornada do rapaz. Até o passado tinge-se em cores vibrantes. Uma pessoa contente enxerga o bom em detrimento do perverso – e vice-versa. E a memória do agora é certamente melhor que as do recente passado.

Rei teve tempo suficiente para, em silêncio, tornar-se rei (há) de si mesmo. O assento vago é uma lembrança que tende a tornar-se longínqua, brilhantemente ensaiado pela staff ao quebrar a introspecção do protagonista ao chamado de seu companheiro Totoro. Ele não está mais sozinho; se a reclusão fora fruto da falta de opções, não é mais.

Faltou o brilho final das irmãs, que são a pequena alma de Sangatsu. Mas, como bem disse Rei, ele e seus camaradas seguem agora à luz. Elas estarão lá, em Outubro.

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E qual sua nota, leitor(a)?

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Review:

Sangatsu não foi o que eu imaginava nem o que podia. Pelas suas notas, leitores(a) imagino que pensem o mesmo. Um início monumental e perigosamente auspicioso, o que formou uma expectativa jamais próxima de ser atingida. O maior tropeço, aí, se dá curiosamente na velocidade da adaptação. Se tanto nos acostumamos a criticar os pulos e negligências de estúdios enquanto nos contavam histórias já conhecidas de Novels ou Mangás, o pecado da shaft se dá justamente na sua parcimônia e fidelidade para com o material original.

Por um tempo, funcionou. A apresentação da persona Rei, com seus flashbacks e amálgama de coadjuvantes, fora instigante. Criou simpatias imediatas no ninho abarrotado e reconfortante da morada das garotas com seu avô, antipatias interessantes em Kyouko e sublimou figuras que teriam, cedo ou tarde, alguma participação contundente no percurso de nosso herói; Totoro, o sensei etc.

E foi, lamuriosamente, na personalidade mais representativa e significante para a reviravolta comportamental de Rei que residiu a fraqueza de 3-gatsu como produto de entretenimento. Pobre Kai. O cadavérico homem, cuja sofrência e penosas condições refletem numa compleição 20 anos à frente de sua idade real, possui uma relevância que merecia melhor desenvolvimento do que o tido. Leiam bem: melhor, não maior. Porque foi exatamente no tamanho da participação onde o personagem teve seu potencial prejudicado.

Foi na tentativa de explorar seu passado nebuloso, tornar as ações do presente justificáveis – por que a insistência em revigorar Rei? – e criar uma empatia para consigo, que chegamos mais perto do contrário, ao ponto de, infelizmente, desejar a remoção do engravatado da série.

Sua marca no futuro de Rei – e, logo, da animação – é indelével e perene. Ele foi, respeitado o contexto, o Merlim, o Dumbledore tardio do estudante. Deu o empurrão que desafundou-o da lama em que estava. No entanto, a gordura de sua passagem é visível. Gordura esta que maculou a impressão acerca do todo.

As duas metades foram tão diferentes entre si que soa injusto ressaltar uma à outra na avaliação final. Maleficia que seja a parte de encerramento a claudicante. Logo, saímos de sorriso amarelo, pois o esmero ficou escondido em camadas de notas 2,5 e 3.

Resta, então, torcer para que a segunda temporada traga um balanceamento e dinamismo inexistentes aqui. É utópico esperar por 22 episódios de nível celestial. Apenas aguardo, humildemente, que as amenidades estejam distribuídas entre momentos de pura inspiração.

Há muita qualidade disponível. Já vimos disto. Que ela volte e permeie-nos de alegria em breve.

Direção: 8

Roteiro: 6,5

Animação: 7

Trilha Sonora: 7,5

Entretenimento: 7

Envolvimento Emocional: 6,5

Abraços e Até Mais.

Carlos Dalla Corte

Curto 6 coisas: animes, cinema, escrever, k-pop, ler e reclamar. Juntei todas e criei um blog.

31 Resultados

  1. Thelasthope disse:

    Sem nota final? Queria sabe se vai continuar tbm em outubro.
    Enfim vamos a review. No caso de Sangatsu não tenho muito o que falar, ja que desanimei da obras a tempos, talves devido a adaptação lenta, então apenas colocarei minhas notas.
    Direção: 8
    Roteiro: 7
    Animação: 7
    Trilha sonora: 7
    Entreterimento: 7
    Envolvimento pessoal: 5

  2. Yhan disse:

    Bom! E lá vamos nós!
    Enfim Sangatsu no Lion chegou ao seu fim, foi uma longa jornada até aqui, e posso dizer que estou contente com a experiência que a série me proporcionou, claramente ela não é perfeita. Inicialmente tinha expectativas muitas altas já que o mangá sempre foi alvo de críticas bem positivas e achei que era injusto as notas tão baixas que ele começou no MAL por conta de sua narrativa lenta. O anime é realmente lento até porque é um Slice of life, e inicialmente demonstram muito bem como é ter depressão e ficar com a mente cheio de pensamentos nebulosos te sufocando.

    O anime é basicamente sobre um jovem garoto chamado Rei que passa por uma adolescência conturbada por problemas pessoais com sua família, por isso ele mora sozinho e consegue se manter sendo um jogador profissional de Shogi.
    Rei teve uma infância nebulosa, seu pai era um jogador de Shogi por isso ele acabou aprendendo para conseguir passar mais tempo com ele mas infelizmente em um acidente ele perde toda sua família e sua irmãzinha, por isso ele acaba sendo adotado pelo amigo de seu pai que também é um jogador profissional de Shogi, por conta disso a relação desta nova família acaba criando uma desestrutura já que Rei é muito bom e os filhos de sangue do pai adotivo almejavam também virar profissionais e ser reconhecidos pelo seu pai mas ficam com inveja pela atenção que ele dá para o Rei por isso desistem de seguir essa carreira e pelos conflitos internos Rei decidi morar sozinho.
    Daí em diante é como mostram que mesmo que o Rei seja independente ele ainda tem muito o que amadurecer e saber lidar com seus problemas diários que o assombra. Ele acaba se tornando uma pessoa depressiva após todos esses problemas que passou e tem dificuldade de interagir socialmente com as pessoas sem falar da pressão que ele tem por ser um dos mais jovens jogadores profissionais de Shogi.

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    Mas nem tudo é essa tempestade turbulenta na vida do Rei, graças a esses conflitos ele também pôde conhecer e fazer amizade com uma família composta de 3 irmãs que diferente do Rei vivem em um ambiente mais pacífico e acolhedor. Rei costuma sempre visitá-las e ser tratado muito bem algo que nunca teve antes com sua família adotiva.
    Claramente mesmo que as irmãs sejam felizes a vida não é um mar de rosas, elas também tem seus problemas, a irmã mais velha Akari ela carrega o peso nas costas de ter um árduo trabalho e sacrificar sua juventude para cuidar de suas pequenas irmãs já que a mãe delas faleceu, e no episódio 3 é demonstrado o quanto sentem falta de sua mãe e a irmã mais nova sofre emocionalmente bastante com isso já que demonstram ela chorando sozinha em uma ponte gritando por sua mãe.

    Os personagens são bem construídos e cada um tem uma personalidade diferente e um modo e importância na trama.
    -O Rei já dá para compreender como é, um personagem depressivo e cheio de problemas pessoais com relações, toda essa imersão de alegria, tristeza, frustração, acolhimento, frieza… ele tem um pouco de bipolaridade por contas dessa irregularidades que acontece com ele todo momento e por essa fase de adolescência é compreensível. O Rei após muito tempo nesse ramo ele construiu um senso de segurança por ser talentoso em Shogi e em um momento ele perdeu muito foco e deixou a raiva subir a cabeça com o Gotou e subestimou seu adversário Shimada (E vemos que ele já imaginava que iria ganhar porque estava estudando as táticas do Gotou a tempos em vez de se focar no adversário de agora) e quando ele perde pro Shimada ele se sente perdido ele tinha esse pavor a uns episódios atrás de perder, de conhecer a derrota mas isso é bom porque ele deve refletir que tem muito que aprender por isso o amigo do Rei disse que o Shimada precisava “rachar a cabeça” do Rei, para ele abrir o seu horizonte e começar a ter progressos em seus problemas e atitudes.

    -Kyouko é uma personagem bem complicada de se lidar, ela adora ser manipuladora e dominadora, mas ela comete ações bem infantis e ela só é desta forma por influência dos atos de seu pai e querendo ou não o Rei tem parte da culpa nisso, e ela deve estar junto com Gotou um cara mais velho casado por um ato de rebeldia ou uma substituição paternal quem sabe… mas também é incrível como ela tem problemas com o Rei mas mesmo assim não para de depender dele, parecem até Yin e Yang.

    -Takashi o professor do Rei é bem divertido e se tornou um dos personagens que mais aprecie da obra, ele apresenta boas lições e ensinamentos para Rei amadurecer. Até hoje não me esqueço mesmo da frase que ele disse para o Rei depois que ele insistiu que não mudou e não conquistou nada o sensei diz: “Você frequenta a escola enquanto trabalha, você faz sua própria comida, você lava as suas roupas, leva seu lixo pra fora. Você luta! ganha dinheiro, paga o aluguel. Com 17 anos eu só pensava “eu posso ser alguém importante quando crescer”. Eu mantinha esse sonho enquanto perdia o meu tempo no fliperama, lendo mangá, saindo com os amigos, vendo TV; Eu nunca me preocupei com aluguel ou em juntar dinheiro; nunca limpei nada, lavei minhas roupas ou fiz comida. Então não venha me dizer que não conquistou nada, você deu tudo de si!!. Tocante.

    -Shimada: Considero um ótimo personagem e diferente de muitos eu gosto desse final que focaram nele, toda sua dedicação que ele tem com o Shogi e o quão importante ele é para o amadurecimento e mudança no psicológico do Rei isso me agradou e também ele parece ser um ótimo homem por ter criado aquele centro de recriação para idosos.

    -Souya deve ser o personagem que mais fiquei interessado e o que menos apareceu ou foi explorado infelizmente, mas também deve demorar bastante para o Rei enfrentá-lo, mas adoro o clima pacífico que passam quando retratam ele.

    Sobre as irmãs eu já comentei as coisas mais relevantes sobre elas.

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    O Shogi para mim não é problema, gosto do modo que demonstram ele e como ele pode ser imprevisível e uma jogada pode mudar muita coisa no jogo e o quão demorando é e quanto de raciocínio necessita; Em um episódio teve até uma explicação bem curta e mais básica sobre as regras do Shogi HEHEhe legal fazerem isso para quem não sabe nada sobre, mas não é suficiente para compreender, apenas saber a um pouco a base de como funciona, e as vezes o ruim é que nas partidas você não sabe muito bem o que pode estar ocorrendo ali e para alguns pode ser maçante ver longos jogos disso, não acho um erro ou que o foco seja mesmo o Shogi, é apenas uma parte de conflito da obra e para o personagem, dá para se notar que é um refúgio para o Rei, fica ainda mais claro no último episódio.
    O maior problema de Sangatsu com certeza é seu humor fora de contexto e usado no time errado, inicialmente no primeiro cour não era problema algum, era super sútil e usado muito bem em determinados pedaços específicos para amenizar tanto drama, e funcionava, mas depois foi ficando mais descontrolado e sendo usando com muita frequência atrapalhando o ritmo final da trama e perdendo muito tempo em um alívio cômico fútil demais que dava para eliminar e colocar mais coisas relevantes nos episódios, o 2 cour sofreu muito com isso, principalmente na oficina de Shogi que dava para ser mais dinâmico mas tinha muitos momentos enrolativos e com um humor maçante.
    Houve muita reclamação do 2 cour também, ele foi mais enrolativo mesmo, davam para ter dado uma rushada em alguns momentos e cortado uns outros momentos irrelevantes pra trama, mas tem muita gente que estava reclamando do último arco porque mudaram o foco do protagonista e seus momentos de depressão e relação com as irmãs e começou a focar em outros personagens, o que para mim não é um problema, até porque não dá pra focar nelas sempre e o protagonista tem sua própria vida e outros problemas para resolver e achei interessante desenvolverem o Shimada por exemplo.

    A direção é ótima! Achei exuberante! Tem diversas cenas com ângulos ótimos e mecânica bem funciona com o ambiente que até mesmo serve para narrativa, por exemplo quando o Rei está em seu apartamento o ambiente é pesado e escuro e sufocante, mas na casa das irmãs o ambiente é cheio de vida e cor que faz transparecer e retratar o sentimento que a cena quer passar, adora essa diferença de contraste. Várias cenas simbólicas, demonstrando umas cenas como aquela que o Rei é engolido por um mar de pensamentos e clima pesado do adversário, tem várias cenas que dá para citar da direção bem competente, o único problema é que poderiam ter dado uma rushada em algumas coisas e eliminado o humor em alguns momentos que atrapalham a narrativa.
    A animação é relativamente agradável, tem alguns cortes fluídos mas complexos mas é bem pouco, tem bastante cena econômica mas funciona bem a direção sabe utilizar bem isso, também pelo que me recordo o traço é consistente, só que a animação sofreu uns problemas na produção e atrasou alguns episódios, fez recapitulação, repetiu flashback ou coisas como gatos dançando no episódio para ocupar espaço no episódio e dar mais um tempo. O ambiente é meio único, é diferente, muitas cenas parecem pinturas rabiscadas e algumas pode causar estranheza porque são feitas de uma forma bem simples e com uma pintura que parece um quadros com tom de um borro mais fosco, mas acho que combinou e o Design é bem diferenciado e me agrada bastante, adorei o estilo, muito melhor que os traços genéricos que é visto em vários animes hoje em dia.
    A trilha sonora é espetacular ao meu ver, tem várias singles diferentes e que marcam de alguma forma e foram muito bem encaixadas nos momentos chaves de determinadas cenas.

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    Simplificando essa é uma jornada de um jovem garoto que tem que lidar com seus fracassos e seus relacionamentos com as pessoas e tentar amadurecer ou evoluir para uma pessoa melhor com as lições que a vida lhe prega. Vale a pena ver a jornada, mas claramente não vai gostar da lentidão que é moldada esta linha.

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    Estarei aguardando ansiosamente a continuidade desta obra.

  3. Thiago Alecrim disse:

    Poucos animes me fazem ir para o mangá esse foi um deles, o que foi legal o mangá é muito bom, e consequentemente o anime também, mas o que funciona lá não vale o mesmo pra o anime, sei que iriam deixar muitos fãs com raiva, mas vários capítulos deviam ser cortado para o anime, muitos não tem relevância na história e até para se adiantar para o fechamento dessa primeira parte do anime, para os próximos arcos que são focados no Rei e nas irmãs e ainda de quebra levemente um romance, que acaba deixando tudo melhor e também nos deixaria empolgados e curiosos para a próxima temporada…
    Mas ok foi um bom anime, a 2 temporada vai ser melhor de certeza…

  4. Emanuel disse:

    Sangatsu no Lion foi aquele anime que senti um amor instantâneo quando assisti ao primeiro episódio, apesar dos primeiros 8 minutos do primeiro episódio serem aquém de falas.
    No começo do anime,indubitavelmente, eu fiquei completamente hipnotizado com ambientação, a ost, o jogo de imagens e a sutileza nos traços dos personagens, o que me fazia querer apreciar cada mínimo detalhe de cada episódio com exímio.
    Era fato,terminei o primeiro episódio e sai correndo imeditamente para o myanimelist para pontuar o anime com um farto 10.No entanto, essa simplicidade que tornava sangatsu autêntico me pareceu se esvair no decorrer dos episódios, mas antes, vamos fazer um retrospecto no que tange à história dessa animação e, concomitantemente, avaliar sua conduta dado para o determinado desenvolvimento.
    A história​ de sangatsu no lion retrata a vida de um jovem apático e melancolicamente instável que parecia extremamente abatido com as ações evasivas do mundo.Nesse viés, ele encontrou uma forma de se apegar a algo que deixava ele menos angustiado sem soberba gratuita, o shogi.
    Um jogo que levava ele a passar horas e horas ponderando sobre como será as jogadas próximas das horas(Não vou julgar isso, era uma boa ferramenta de FUNDO), sendo que, em síntese, ele seguia sua vida não tão solitária com as carismáticas irmãs e seus respectivos felinos de aparência questionável.
    Infelizmente, o brilho de sangatsu no lion não durou muito.
    No comecinho ainda, quando começaram a revelar sobre o passado do protagonista, fiquei extremamente comovido com alguns acontecimentos( o fato de sua irmã ser uma pessoa bem rancorosa, ter bebido muito até ser achado por uma das irmãs, etc).Contudo, confesso que o fato de sua família inteira ter morrido soou meio apelativo e clichê. O estado atual de espírito do Kiryama Rei não representava indícios de que a “tal experiência traumática” dele estava relacionado com esta tragédia supracitada, aliás, o desenvolvimento da personalidade dele remetia uma ferida menos árdua.Parecia mais que ele era uma pessoa que foi expulsa de casa,ou abandonou a família,ou coisa do tipo.
    Enfim, passa os episódios e o protagonista vai sendo alvo de lições de vida que, consequentemente, os torna uma pessoa melhor e menos frustada,sendo aí que a história começa a desadar
    Com o Rei mais sociável e menos abatido, concluí que essa mudança dele me desceu quadrado, pois, além de ter passado a ser de uma pessoa solitária e fechada para uma pessoa mais aberta e com muitos companheiros( o que ficou mal desenvolvido), o shogi já não era mais uma forma de escapismo, e sim o foco total do anime.
    Vários e vários episódios focando no drama do shougi de outros personagens e uma comédia fútil (tentativa falha de alívio cômico) foram responsáveis pela queda no roteiro do anime.
    Rei já não era mais foco, ele era uma pessoa mudada e saudável, então a staff deve ter pensando “vamos explorar os sentimentos de outros personagens que mal apareceram, vai um ótimo instrumento de enrolação de plot”.
    Por que meu Senhor?!?!
    Meu anime preferido da temporada já seguia uma perspectiva discrepante de seu conceito inical.Logo, de favorito, sangatsu tornou-se minha decepção.
    Cada episódio era maçante e doloroso de se ver, foi então que eu perdi as esperanças, joguei tudo pro ar e passei apenas esperar exibirem oúltimo episódio (até que valeu a pena, visto o desempenho falho dos episódios antecessores).
    E então, anunciaram segunda temporada e vocês devem tá se perguntando”Você está feliz?”NÃO, eu não estou feliz!Por que apesar dessa segunda temporada estar atrasando outros projetos que aguardo ansiosamente pela shaft(owarimonogatari 2 e madoka), vi pelo seguimento do roteiro desse último episódio episódio que essa jornada do shogi não vai passar tão cedo.
    Entretenimento:6.5
    Direção:8
    Animação:8
    Trilha Sonora:7.5(na primeira parte estava bem melhor)
    Roteiro:6
    Envolvimento emocional:6.5
    Nota final:7.5(9 para a primeira parte e 6 para segunda parte)

  5. Fabio Rattis Lima disse:

    Carlos, não se aposenta *~*

  6. Renan disse:

    Chegamos finalmente ao fim de Sangatsu no Lion, onde foram 22 semanas acompanhando essa boa jornada de superação do Rei com seus desafios e problemas pessoais da sua vida.
    Acredito que a obra se encerrou muito bem, Rei deu seus passos para um novo começo esperançoso e de mudanças em sua volta, o qual diferente do começo do anime, ele não está mais sozinho, possui uma família (as irmãs) e amigos que seja na escola com seus colegas de clube agora, o Sensei ou seus parceiros de Shogi. Através disso, nota-se a grande evolução do personagem ao longo da série, não só na sua mudança na personalidade melancólica e depressiva do início do anime, mais também no sentido de se encontrar na vida e amar aquilo que realmente faz.
    Nosso querido protagonista começou aprender amar o esporte dele, antigamente como ele dizia, era jogado somente pelo sustento dele, luta atrás de luta para garantir o pão do final do mês. Agora que ele viu e notou, que existem pessoas com a mesma situação, porém que mesmo assim amam aquilo, ele está começando a ter gosto pelo Shogi.
    No geral, a obra apresenta defeitos tenho que admitir, a segunda parte tornou-se um pouco maçante e bem monótona comparada a belíssima primeira parte, no qual o drama era maior e mais envolvente, fora as comédias exageradas que sempre esteve presente na narrativa. Mas mesmo assim com tudo isso, foi uma bela obra de se acompanhar, a qual estarei aguardando ansiosamente sua segunda temporada, na qual veremos a conclusão da história de Rei, mostrando os seus novos passos com o desenvolvimento de sua possível relação com a Hina.

  7. Felipe Silva disse:

    Desse 2016/inicio 17 ele foi o único que conseguiu me manter interessado todas as semanas, só não gostei dessa parte final não mostrarem as irmãs lá, espero que tenha uma continuação, e que nesta apareçam mais e mais conflitos entre o passado e o presente do personagem.
    No final, daqui uns anos quando me lembrar desse anime, vai vir a cena dele perdendo pro irmão do Nikaido, a forma que um personagem totalmente irrelevante destrói todo o clima que estava sendo formado é muito boa.

  8. Sangatsu no Lion, foram quase seis meses acompanhando seus altos e baixos, não foi uma experiencia ruim longe disso, mas não foi nada incrível também, o anime tem uma proposta interessante que é executada de uma boa forma até o segundo cour.

    A primeira metade é muito bem feita, começa apresentando o protagonista um pouco quanto denso, lhe falta confiança e uma atitude mais forte, é um adolescente no ápice da juventude tentando viver sozinho e errando, o mesmo tem uma grande pressão que carrega em seus ombros como umas das pessoas mais jovens a se tornar profissional, com o cargo de um futuro mestre no Shogi que lhe é implicado devido a sua prematura entrada nesse mundo o que o levou a ser taxado como um gênio, o que falta no protagonista é saber o que ele quer já que a momentos que ele vive apenas por viver aparentemente, sem nenhum objetivo claro, ser o top 01 do Shogi ou um ótimo jogador é apenas uma faxada já que ele não tem amor pelo Shogi ou prazer em joga-lo, ele apenas faz porque para ele é a unica coisa que lhe sobrou. A questão profissional não é a unica que pesa em seus ombros, família, ele é carente de uma relação familiar saudável devido a perca prematura de seus entes queridos, ele foi adotado por uma nova família mas sua má sorte com esse importante âmbito social prevaleceu.

    O âncora da sua nova família amigo de seu falecido pai também amante de Shogi é uma pessoa gentil e acolhedora, logo se surpreende com o talento do Rei que compartilha mais ou menos a mesma faixa de idade de seus dois filhos, mas a diferença de habilidade no Shogi é enorme, logo ele começa a ser tratado de forma diferente despertando uma enorme carência e inveja nos seus dois filhos, o mais novo desiste completamente do Shogi e a irmã mais velha tenta viver e jogar mesmo com a enorme diferença. O pai adotivo também tem boa parte da culpa pela situação estar assim, ele claramente da um tratamento especial para o Rei, e o mesmo foi superado por seu pupilo o arruinando mais ainda, faltou a aprofundar mais no porque de suas ações. Kyouko odeia o intruso que estragou tanto sua relação familiar quanto sua relação com o Shogi, essa relação de auto culpa e ódio dura até a adolescência quando Rei decide se mudar.

    As novas personagens são bem apresentadas, Akari uma jovem mulher gentil e trabalhadora que cuida junto com seu avô de duas irmas mais novas, Hinata uma colegial alegre e cheia de energia, Momo a imouto mais nova cheia de carisma. A relação entre Rei e as irmãs é bem trabalhada nesse primeira metade, elas também tem seus dramas pessoais como a perda da mãe e a situação financeira. Essa questão fica bem explicita no episódio que mostra o dia de finados, Rei e elas se apoiam pois ambos tem seu problemas familiares longe de serem superados, as relação deles é muito bem feita e linda.

    Outros personagens também são bem apresentados, Nikaidou amigo de Rei, rival, e seu completo oposto e outros três amigos não tão próximos. A primeira metade é voltada ao drama, com as partidas dos torneios passando e a chegada da Kyouko a irmã adotiva amargurada e rebelde que fugiu de casa e esta com um homem casado, ela é uma pessoa infantil ela odeia o Rei mas ao mesmo tempo depende dele, fugir de casa e ficar com um cara casado não é nada mais que uma falha tentativa de demostrar que é ela que manda na sua própria vida, o Rei tem uma clara culpa por ela ser assim já que com suas próprias palavras ele disse que é o culpado por estragar aquela família. Kyouko aparece em sua vida apenas para perturbá-lo, ela estuda os oponentes do Rei e revela dramas pessoais dos mesmos com o objetivo de fazer ele perder as partidas, e consegue o que torna a cena mais bonita e emocionante do anime com Rei desabafando suas frustrações. Esse é o momento ápice do anime, essa cena foi linda, a direção, trilha sonora, background, dublagem, estavam todos perfeitos.

    A segunda metade é falha, as irmãs são praticamente inexistentes e é dado o foco ao um novo personagem, o insistência em tentar humanizar o mesmo em todo episódio seja mostrando o seu passado ou suas partidas contra o top 01 torna-se maçante, o top 01 não é bem apresentado, ele é apenas jogado ali como uma especie de barreira, obstaculo a ser superado, a comédia exagerada que é justamente uma das falhas do anime é intensificada nessa segunda metade cheia de diálogos e ações que não levam a lugar algum e só estão ali para encher espaço juntamente com os gatos que não tem utilidade alguma ao não ser uma tentativa falha de alivio cômico, a uma mudança muito brusca entre cenas de drama e comédia e a direção peca em fazer uma boa transição entre as duas. A segunda metade inteira é envolta no Shimada e os outros personagens são esquecidos.

    A direção fez um bom trabalho na primeira metade, ela era criativa com momentos importantes encaixado várias animações e OSTs lindas que davam um peso maior a cena. Na segunda metade deveriam ter revisado o roteiro melhor e tirar cenas, diálogos, e comédia desnecessárias e mesclado melhor o drama do Shimada com os outros personagens e o próprio Rei do que isolarem a drama a um lado só. Animação apesar de ter alguns erros e até problemas na produção era boa na maior parte do tempo mesclando belos backgrounds com o drama das cenas, como a quebra da barreira imposta no Rei na partida em que o mesmo perdeu e a maré de pensamentos bombardeando o Rei. O design é simples e estilizado mas isso não é desmérito desde que se mantenha consistente, e se manteve em boa parte.

    Boa parte dos personagens são bem apresentados e desenvolvidos. Faltou trabalhar e explicar algumas coisas em relação a família do Rei e a mãe das irmãs e o próprio pai que elas devem ter mas não foi nem mencionado. Tirando a segunda metade cheia de erros e focado mais em um coadjuvante do que no próprio protagonista, o que não seria ruim se fosse bem trabalhado, é um bom anime que sabe trabalhar bem o drama e os desafios de um adolescente tentando viver com suas dificuldades, os personagens são bem carismáticos, é difícil odiá-los. As openings e endings são todas bem feitas. Apesar do declínio não me arrependi de acompanhar a série e irei para o manga com certeza. Estou ansioso com a 2° temporada que deve desenvolver o que faltou.

    Direção: 8
    Roteiro: 6,5
    Animação: 7,5
    Trilha Sonora: 8,5
    Entretenimento: 7

    Nota final: 7,5

  9. Alisson Queiroz disse:

    Para mim o que faltou em Sangatsu foi momentos de impacto, momentos que faz a obra se lembrada, tevo desabafo do Rei na primeira parte e a derrota para o Shimada na segunda, muito pouco para um anime de drama.

  10. Dalla Corte disse:

    Queria ter escrito isto antes para pegar um público maior, mas a vida me castiga. Também não quis inserir no texto para não desviar o foco.

    Mas, sim, este é meu último texto por aqui.

    Aos que acompanharam Sangatsu através de minhas reviews, um muito obrigado. Aos leitores de outras épocas, idem. Desculpe o transtorno. Agradeço a companhia.

    O desligamento já está acertado desde a resenha do segundo episódio de Kuzu. Sem rancores. Apenas achei que seria melhor em vista da divergência criativa entre minha pessoa e o Marco. Acontece.

    Agradeço novamente a vocês, caso alguém vá ler isto, e a oportunidade.

    Beijos, abraços e a Rem não vale nada.

  11. Jhozi disse:

    Eu daria uma notinha maior pra animação tirando é claro os eps que forçavam flashbacks pra economizar, mas mesmo assim o anime se destaca da maioria nessa parte, na minha opinião.
    Pessoalmente, daria uma nota maior por envolvimento emocional tambem. Sangatsu chegou em um momento da minha vida que parecia que estava sendo contado para mim, principalmente no inicio eu me emocionava na maioria dos episódios, e com a segunda opening tambem.

    Bem, seus reviews eram excelentes, concordei com a grande maioria deles.

    Muito obrigado.

  12. Felipe Pereira de Sousa disse:

    Em poucas palavras. Ótimo anime

  13. Mfojmep disse:

    Na vida real, shogi é um jogo eminentemente masculino? O anime só mostrou homens jogando nas partidas disputadas.

    A única jogadora que mostraram foi a complicada Kyouko.
    https://uploads.disquscdn.com/images/7019f7635cd6227f65af3ede2267e5908cbbdeabb26d76b63a4e862f7a6454cd.jpg

    • João Severino disse:

      Acredito que não, mas é um jogo tradicionalmente jogado por homens e o Japão é muito machista e como jogo não atrai muitos jovens ultimamente, predominam os velhos, senhores e nerds. Mas mostram umas senhoras que jogam no penultimo episodio.

  14. David Moraes disse:

    Agora é esperar uma nova temporada com um pouco mais de foco sem se desviar tanto para personagens secundários.

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