Sangatsu no Lion #20 – Impressões Semanais
Eu tenho uma cadelinha pertencente à raça popularmente conhecida como “linguicinha”. Seu tempo de estrepolias já passou através das calorosas primaveras. Enquanto as pernas permitiram, foi uma parceira fiel. Independente da velocidade e da distância, lá estava ela. Houve um dia, entretanto, em que esta saúde foi mais prejudicial do que o esperado. Em uma maratona intempestiva e desconhecida, levado pelos ventos e pelas árvores, quando virei o pescoço à procura dela, que se chama Zuca, não avistei o relâmpago negro de orelhas abanantes, e sim a superfície desgastada do asfalto.
Foi desesperador. Refiz o trajeto e nada. Desolado, parti para casa. Mas apenas em corpo. A mente continuava a embrenhar-se em qualquer toco de árvore atrás de minha camarada. Ao amanhecer do outro dia, não tive escolha a não ser retornar ao local. Chuva, barro, domingo. Combinação terrível. Entretanto, após horas, a achei alerta e desconfiada em uma fazenda local. Na distração canina que lhe rendeu a perdição, buscou na familiaridade instintiva de uma habitação humana seu dono. Reconheceu-me imediatamente, e tal qual Jack e Rose, encontramo-nos. Não foram necessárias palavras. Apenas eu, ela e o assobiar do vento.

Com menos paixão e história, Zuca é Sangatsu. Mas se perdeu, e há semanas. O que presenciamos agora tão pouco se assemelha ao anime que me despertou o desejo de dispender dezenas de minutos semanais para resenhá-lo que, não fossem os personagens, poderia se tratar de um spin-off infrutífero do material original.
Pergunto-lhe, leitor, quantos minutos deste vigésimo episódio descreveria como essenciais para a trama e minimamente interessantes? Uns 5 ou 6, sendo generoso, e justamente na introdução e ao epílogo, deixando o meio como um vácuo narrativo inócuo insípido e verborrágico.
Kai é nitidamente um artífice construtivo a Rei, função que foi bem estabelecida nos minutos finais, quando sua iminente derrota despertou uma passionalidade mestre-aluno inesperada num sujeito que até pouco tempo parecia fundir-se ao nada – e desejar isto. Sim, Rei evoluiu, mas acompanhar o processo tem sido mais tortuoso do que o contrário.
E, como ele disse, atrás da tempestade há um mar mais revolto e desafiador. É a sucessão natural da vida; mais e mais obstáculos. Situações que nos despedaçam e exigem a reconstrução para seguir em frente. Rei passou anos quebrado e espalhado em suas reminiscências e arrependimentos. A montagem avança a saltos altos, mas a vista é decepcionante.
E, com 2 semanas remanescentes, temo que a obra qual um dia adorei, não mais virá a meu encontro.
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E qual sua nota, leitor(a)?
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Também achei que o arco foi mais longe que o necessário, desagradável mas ainda, não a ponto de me fazer perder o interesse. Fiquei curioso com o final, Rei apontou uma jogada que inverteria a partida, e em determinado momento pareceu que o Shimada visualizou a mesma coisa, houve até aquela metáfora da luz, mas no corte seguinte, o jogo já havia terminado…
Valeu a pena ver este episódio de Sangatsu, só para ler a tua análise dele Carlos. Os últimos episódios fizeram com que eu perdesse a vontade de seguir Sangatsu, a chama que eu tinha, para ver este anime, foi-se extinguindo com a segunda metade de Sangatsu, mas depois deste episódio a chama que já estava quase extinta, ficou extinta de vez. E a meu ver, não vão ser os dois episódios que faltam, que vão fazer esta chama, renascer como uma Fénix. Agora é só ter esperança que haja mais uma temporada de Sangatsu no futuro. Este episódio, em especial, foi um pouco sofrível, para mim, quando o assistia. Eu já sabia que o Shimada nunca iria ganhar aquela prova. E a insistente demonstração do sofrimento e anseios do Shimada antes da prova, além de repetitivos, começaram a ficar chatos, com o avançar do episódio. Como bem referiste na análise Carlos, deste episódio só se aproveitaram um punhado de minutos, porque de resto venha o Diabo e escolha. Só uma pequena curiosidade Carlos, se me permites perguntar, tu estudaste letras, só pela introdução desta análise parecia que estava a ler um texto feito por um escritor, ou até mesmo por um professor de português.
Estudei não. Nem gostava de português na escola. Apenas leio.
Mas para quem lê, pareces ser alguém com estudos. Posso afirmar, que possuís um vocabulário mais cuidado e diverso, que muitos professores de português que tive, quando estudava. Já para não falar, que escreves muito melhor, que muitos brasileiros e portugueses.
Sangatsu esta inferior nessa segunda metade, desandou desde o episódio 17, esse arco esta massante já a alguns episódios, focaram em uma comédia forçada e desgastante além de todo santo episódio tentarem “humanizar” o Shimada mostrando fragmentos do seu passado, podiam dar uma comprimida nisso em vez de ficar focando em pequenos detalhes, estava claro que ele não ganharia mas insistiram em dramatizar, total perca de tempo.
Só teve dois pontos que gostei nesse episódio, o claro desenvolvimento do Rei tentando proteger e confiar no seu ”mestre” mesmo com a clara dificuldade, e a conclusão da partida, o resto é só perca de tempo. O arco vai ser assim mesmo então nem adianta pedir a volta do clima, drama e as personagens da primeira metade, uma pena, mas se o arco é assim e estão adaptando certo não tem muito o que fazer. Bom, falta dois episódios e esse arco já deu o suficiente, espero que pelo menos nesses dois últimos episódios de um encerramento digno, mas duvido.
Bem realmente esse arco está inferior aos outros, n prescisava tudo isso né, como o Carlos é o Cesar Peixoto disseram eu também concordo que foi longe demais, mas n estraga a obra toda né, aliás Mangá de 3-Gatsu>>>>>>>Anime de 3-Gatsu
O que salva em 3-Gatsu é sempre as meninas, o primeiro arco focou mas nelas, agora ta focando em coisas desnecessárias, ficou lento até chato em algumas partes,o interessante do anime é ver Rei se superando, e evoluindo no processo não no jogo mas na vida. Esse foco em personagens secundários é legal mas sendo rápido, meio episódio já estaria ótimo. Está faltando um time melhor nessa segunda metade, acelerar e diminuir o tempo de maneira comedida.
Gostei do fato de que mesmo se ele tivesse escolhido o outro caminho ele ia sempre ficar pensando se ele poderia ter sido profissional e isso o consumiria do mesmo jeito que está agora.
Será que ainda há esperanças de um encerramento no mínimo digno?
Sinceramente, não acho que é para tanto exagero. Ainda gosto dessa 2 temp, ela é inferior que primeira, porém não é ruim.