Impressões Semanais Ansatsu Kyoushitsu e Musaigen no Phantom World #11

Ansatsu Kyoushitsu #11

E os exames finais estão aí! Foi legal o anime não ter caído na mesmice da primeira temporada, com a fórmula de “estudar e estudar para ficar entre os (insira um número) primeiros e provar seu valor”. Temia isso pela tendência da obra de instigar o pensamento social, algumas vezes de forma até didática. Mas enfim, AssClass não apenas fugiu disso, como mostrou o outro outro lado da equação – o desespero e insanidade do diretor da escola, e como Asano, ainda que tenha uma personalidade tenebrosa, se difere do pai em muitos aspectos.

Gakuhou, igualmente a Koro-sensei, quer que seus alunos sejam melhores, mas bem, a diferença do método dos dois é gritante, mais um meio do anime discutir a questão da influência do educador no papel do aluno, e achei bem bacana a maneira como retrataram Gakuhou, que ao invés de estimular os estudantes, faz uma uma espécia de lavagem cerebral neles, tudo para fins nada morais.
Mas o episódio foi de Asano Gakushuu. Desde a primeira temporada aprendemos a odiá-lo por seu caráter egoísta e maléfico, e bem, não que suas atitudes de agora sejam suficientes para redimi-lo – e está nem é a intenção -, mas ao menos agora o personagem apresenta novas facetas, não sendo mais aquele gênio do mal unilateral. É nítido que seu pedido de ajuda a classe 3-E demonstra como ele se preocupa com seus colegas(mesmo que inda tenha razões próprias), e talvez até com o pai. Asano não foi desvirtuado, e sim desenvolvido, semelhante a o que ocorreu com Itona anteriormente.
A engrenagem está andando rapidamente em Ansatsu, que pouco a pouco joga perguntas em seus episódios, como o passado de Koro-sensei e agora, a relação do ministério de defesa com Gakuhou. Uma boa maneira de nos manter interessados em sua trama, e com um bom conteúdo. Espero que mantenha esse nível apresentado nas três últimas semanas.

Avaliação: ★ ★  ★ ★(+)


Musaigen no Phantom World #11

Em uma análise fria, esse episódio de Musaigen foi bom. Teve desenvolvimento de um personagem central, boa química e interação do casal principal, cenas de ação e um enredo interessante que envolveu frustrações e Ichijou subitamente mais novo. Já uma análise emocional é outra coisa, muito mais pessoal, e a minha, ao menos, está com tanta irritação e frustração acumulada acerca do anime, que fica difícil gostar de algo que sai dele, mesmo quando esse algo é bacana.
Minase, Mai, Reina e Ruru já tiveram capítulos destinados a si, e agora foi a vez do herói desenhista dos cabelos verdes, Ichijou. Como foi com Reina, ele teve frustrações e desejos de catalisadores para uma mudança, nesse caso, retornar ao seu eu criança. Gosto muito dessas interferências psicológicas nos personagens, e ainda serviu pra deixar claro o sentimento forte que possui com Mai, sua babá e responsável por trazê-lo de volta a realidade. O anime já havia flertado com vários shipps, inclusive um que agradaria bem os Fudanshis otakus, e agora consolidou o que Mai e Ichijou sentem um pelo outro, independente de negarem ou não – algo que 85% dos personagens fazem, afinal.
Mas há uma ressalva: enquanto mexia em suas coisas, eu jurava que iriam finalmente mostrar o dispositivo que foi mostrado lá no capítulo dois, relembrado no quinto e então simplesmente esquecido. Restam mais duas semanas de vida pra Phantom World, e são duas possibilidades: ou vão fazer o que deveria ter feito há muito tempo, e firmar um pequeno arco que envolva o aparelho, ou simplesmente esquecê-lo, o que sinceramente não me surpreenderia, tamanho o descaso que os envolvidos parecem ter com a obra. Acho que seria até mais condizente com a qualidade geral da produção.

Avaliação: ★ ★  ★ 


#Extras:

Nada como aprender matemática em uma viagem psicodélica.

E olha que essas revistas não mostram nudes, hein.

Mai representa todo irmão mais velho do mundo.