Primeiras Impressões: Yahari ore no Seishun Love Come wa Machigatteiru

Uma mistura de Sket Dance com Haganai.

Yahari ore no Seishun Love Come wa Machigatteiru (A Comédia Romântica da Minha Juventude Está Errada, Como Esperado) também conhecida como OreGairu é uma Light Novel escrita por Wataru Watari e ilustrado por Rechi Kazuki, tendo seu primeiro volume publicado em 2011 pela Big Gangan. Está sendo adaptado pelo estúdio Brains Base (Baccano!, Durarara!!,Tonari no Kaibutsu-kun) pelas mãos do novato diretor Ai Yoshimura.

A História

OreGairu inicia-se com nosso protagonista Hachiman Hikigaya nos apresentando sua pessimista visão sobre a juventude onde chega até mesmo a sentenciar quem consegue aproveitá-la ( de acordo com os padrões dele) ao apodrecimento. Esses minutos iniciais exibem, ao mesmo tempo, o problema no qual Hikigaya convive, contando visualmente que o mesmo contradizia suas palavras. Ele não tem amigos e mesmo que não confesse, se sente sozinho.

Quem precisa de amigos?
Logo se revela que o monólogo inicial era na verdade uma redação que sua professora havia requisitado sobre seu cotidiano escolar. Naturalmente que a mesma o chamou para uma conversa, tendo em vista que um aluno normal não haveria de escrever tamanhas ofensivas palavras. No fim, a professora decide levá-lo até uma sala onde se encontrava uma misteriosa garota lendo um livro.
Hikigaya então percebe que conhecia essa garota e que de misteriosa não tinha nada. Seu nome é Yukino Yukinoshita, uma famosa e talentosa aluna. A professora apresenta sua razão de ter o levado até Yukino dizendo-lhe que haveria de entrar no clube da garota como punição pela redação. Ambos Yukino e Hikigaya relutam inicialmente, mas acabam acatando a ideia.
Yukino apresenta “O Clube do Serviço Publico” que têm como objetivo ajudar as pessoas que precisam de suas habilidades e ainda diz que irá auxiliar o garoto em seu problema. Ambos então começam a ter um longo diálogo que será comentado no quesito “personagens” logo abaixo.
A clássica cena da garota sozinha com um livro na mão…
Na segunda parte é apresentado mais uma personagem. Seu nome é Yui Yuigahama. Ela informa que precisa da ajuda do clube para cozinhar cookies para seus amigos, pois a mesma é desprovida dessa capacidade (fiquei com uma leve impressão de que era apenas uma justificativa dela para ter uma primeira interação tendo em vista que ela possa também não ter amigos). Yukino naturalmente aceita o pedido e Hikigaya acompanha as duas. Depois de algumas tentativas mal sucedidas, Hikigaya diz que Yui não precisava cozinhar cookies gostosos para dar a um garoto (quando que ela falou que era para um garoto?) e apenas a intenção valia.
Essa última parte serviu apenas para duas coisas: apresentar Yui como a outra garota que irá gostar de Hikigaya ao lado da Yukino e criar um embate de visões entre Yukino e Hikigaya. Os dois pensam de forma diferente em relação à tentativa de se esforçar para algo, mesmo que se não tenha muitas chances e habilidades para tal. Hikigaya acha uma completa perda de tempo enquanto Yukino acredita que só ajuda no amadurecimento das pessoas. O que esse embate pode trazer para a série? Realmente não sei, só que tenho uma leve impressão que ficará por ali mesmo, que foi um conceito jogado na tela, mais uma ferramenta para definir os personagens. Espero estar errado, pois já vimos em Sakurasou que essa temática pode ser bem interessante de se acompanhar.

Personagens

No longo diálogo inicial entre Yukino e Hikigaya é onde o anime começa a apresentar com mais clareza as personalidades de ambos. Hikigaya tem um forte ar de superioridade somado ao fato de sua aparência não ser das mais convidativas (as maiorias de suas lembranças são de garotas que o mesmo gostava e era chutado). Yukino tem o fardo de ser bela e talentosa provocando inveja em todos a sua volta, o que a impossibilita de ter qualquer relação com os outros. Ridículo motivo, por sinal.
O olhar de alguém que sofre por sua beleza…

A semelhança entre os dois é clara. Chega a ser irônico da parte de Yukino dizer que Hikigaya deveria mudar tendo ela os mesmos problemas de personalidade, só invertendo o fator beleza. E essa semelhança pode ser algo interessante de se usar para um futuro desenvolvimento entre os dois. Isso se os mesmo emanassem o mínimo de carisma ofuscado tanto por apresentarem personalidades estereotipadas quanto por usar motivos duvidosos para justificarem seus modos de pensar. Haganai apresenta o mesmo problema de justificativa, como por exemplo, uma garota achar que é homem… ela deve ter faltado todas as aulas de biologia. Mas em contrapartida consegue criar um carisma mais que satisfatório de seus personagens e personalidades mais chamativas e destacáveis.

Moe~

De imediato eu percebi que Yui será a waifu do anime, tendo em vista que a primeira cena da personagem é focada justamente em seu busto além de outras partes como em suas coxas e saia. Mesmo se não tivesse essas “dicas” do diretor, sua personalidade não contradiz minha expectativa. Ela é energética, meio boba e de uma voz fofa sendo totalmente ao contrario de Yukino. Alivio cômico? Talvez, mas é a que menos chamou a minha atenção dos três.

Narrativa

Tedioso e cansativo. É como defino os longos diálogos entre Yukino e Higaya que apesar de servirem para apresentar seus respectivos personagens, não consegue manter uma dinâmica interessante, somados a já comentada falta de carisma. Nesses momentos uma boa OST poderia aliviar, mas talvez por inexperiência do diretor, ficou-se apenas com o som ambiente salientando ainda mais o meu tédio. A comédia nesse primeiro episódio é fraca e raras são às vezes que conseguiu me fazer esboçar um sorriso, mas esse quesito sempre é subjetivo, então esse comentário de nada vale. Obviamente outros personagens surgirão por meios da ajuda do clube, o que pode proporcionar em um dinamismo maior somado a minha esperança de prosseguirem com os embates de visões entre Yukino e Higaya que ocorreu ao fim do episódio, sendo de longe o mais destacável do anime.

Parte Técnica

Será uma falta de verba ou um CD estranho a primeira vista?
Fiquei surpreso pela qualidade baixa em certos pontos da animação que normalmente nesse estúdio nunca me decepcionou. Em algumas cenas onde os personagens se encontravam distantes, se via erros de proporção tanto na face como no corpo além de expressões que soavam estranhas em dados momentos. Os cenários são simples e cumprem o mínimo possível sua função. Enfim, mesmo sendo seu primeiro trabalho como diretor, Ai Yoshimura mostra inicialmente que não sabe burlar os problemas de baixo orçamento e nos apresenta o anime de estética mais fraca que pude conferir do estúdio Brains Base até hoje.

Concluindo 

 

OreGairu para um primeiro episódio, apresentou mais falhas que acertos. Se procura algo mais descopromissado, poderá não lhe desagradar. Deixo aqui minha esperança de um desenvolvimento melhor dos personagens que apesar de clicês e sem carimas, têm potencial para se tornarem interessantes.