Impressões: Akame ga Kill #20 – Mate a Carnificina

E temos o primeiro episódio original. Pelo lado bom a essência da série está intacta, pelo ruim a imaginação do roteirista é meio furada em alguns aspectos.

Bem, o que houve nesse episódio ia acontecer em algum momento no mangá (já aconteceu na verdade) mas embora aqui a morte do Lubbock tenha sido menos decepcionante em termos de “como ele morreu”, no mangá a brutalidade dela fez mais sentido do que aqui.

Que fofura, eu ri da Leone provocando ela.

Acho que ficou bem claro que estão trabalhando em alguma coisa para o Tatsumi e a Mine. A pergunta é se é possível alguém ter um final feliz em Akame ou isso é só mais uma ferramenta para aumentar o sofrimento do público quando – e se – um deles morrer de forma bem cruel na frente do outro (Sim, lendo o mangá e vendo o anime é natural que fiquemos negativos quanto ao assunto, o autor é sádico e sabemos disso).

Como e porque esse cara dobrou de tamanho o.O? Ele tava normal no início

A movimentação desse episódio tava bem pobrezinha em geral. Movimentos e coreografia bem simplistas. Budou dobrando de tamanho comparado a quando estava na sala de reunião foi muito esquisito. Entendo que queriam usar isso pra demonstrar a grandeza e poder dele perante o Tatsumi, mas ainda assim ficou bem feio (o design do personagem ficou bem ruim também comparado ao resto do elenco). Pelo lado bom o armamento imperial dele parece 10x mais forte no anime do que parece no mangá. Isso eu gostei. Ao menos no anime a fama de tão forte quanto a Esdeath faz sentido. E descontando a aparência o Budou ao menos parece um oponente minimamente interessante com sua moral e lealdade ao império sendo exaltadas na apresentação. Ele também não é muito chegado no primeiro ministro ao que parece.

E lógico, Tatsumi, um dos protagonistas mais maltratados pelo autor que eu já vi pega de novo um inimigo absurdamente mais forte que ele, de modo que ele não tem nem chance de fazer muita coisa quando Budou manda seu super golpe elétrico em área. Tatsumi ou pega um inimigo que tem vantagem contra ele de alguma forma, ou pega mais de um ao mesmo tempo não dando chance pra ele conseguir lutar direito ou então pega um inimigo overpower contra o qual é impossível um usuário de armamento imperial lutar sozinho (em tese), como Budou ou Esdeath. Admiro a tentativa do autor de fazer um protagonista diferente que não fique ganhando sempre e não tire poderes mágicos da bunda pra virar a luta, mas o que ele faz com o Tatsumi em geral é bem sacana e não ajuda nem um pouco o público a simpatizar com ele.

“Eu sou mal, muito mal”

A luta do Syura x Lubbock não foi bem mais ou menos, mas a traição da maid eu achei interessante. E o Lubbock também não parece ter se importado, estando ciente do porque ela fez aquilo. Ela não era má mas é natural que as pessoas deem prioridade a suas próprias famílias do que a desconhecidos. O filho do Ministro, no entanto, não disse nada com nada. Ele é só um daqueles vilões clichês bem malvados que buscam poder por todos os meios, diferente dos Jaegers, e até mesmo da louca da Justice, ele não tem nada que o destoe de um vilão randômico. Sua morte, portanto, não é significativa nem pra você ficar triste, nem pra você comemorar pulando como aconteceu no mangá (no mangá o autor conseguiu isso porque deu uma saga inteira pra ele fazer coisas horripilantes). Mas vejamos pelo lado bom, nessa linha alternativa a mulher e filha do Bols não foram cruelmente estupradas e mortas pelos capangas do Syura.

Minha deusa, digo, Esdeath, estava cuidando de assuntos fora da capital durante esse episódio. No anime ela fica fora por bem mais tempo, mas não vi grandes problemas com a mudança. E a “Wild Hunt” do Syura só tem vilãozinho tosco (tirando a Dorotea que é engraçada), então não vão fazer falta na adaptação (o mesmo pro Syura). Só a parte do Wave e do Run daquele arco que vão realmente fazer falta, mas com só isso de episódios não tinha muito jeito. Acho que se tivessem liberado 27 episódios era capaz de dar pra colocar a saga da Wild Hunt também.

E finalmente, o grand finale. A queda dele pensando nos amigos foi legal, mas de onde vieram aquelas estacas? Tipo, eles miraram enquanto eles estava caindo pra ele cravar certinho ali? Meio sem noção. O roteirista pelo jeito já entendeu que o negócio de Akame são mortes cruéis, o que é  ok. Mas elas tem que fazer sentido! Se ele caísse no chão ele iria morrer do mesmo jeito. Aquelas lanças foram só uma forçação de barra pra ficar um pouco mais visual a morde dele (no mangá foi ainda pior, mas lá ao menos fazia sentido).

Episódio mais ou menos. A essência do anime em não parar quieto continua fiel, e mesmo eles tendo feito bagunça cronológica com o mangá isso não afeta muito quem só estava vendo o anime, já que não tem nada de confuso ou muito mal agembrado no episódio. Teve uns problemas, mas o entendimento da progressão do plot não foi um deles. Agora apresentar um inimigo e mata-lo no mesmo episódio é meio pobre. Entendo o que estavam tentando fazer, mas ficou fraco (meu único consolo é que podia ter sido pior). Bem, mais quatro episódio pela frente e pelo nome e preview do próximo ele deve envolver parte do conteúdo cortado do final do arco Borik, que tem uma luta contra a Esdeath (cap 42 e 43). A luta é legal então é rezar pra que saia direito. 

Avaliação: ★    ★ (-)
Extras

Porque isso quebrou mesmo? Isso e aquelas lanças, muito sem noção.

 Olhem o erro de continuidade. Ele tá com aquele sobretudo branco nessa cena.

 Ainda de sobretudo.

O sobretudo sumiu e a jaqueta branca que ele pegou no segundo cour apareceu 1s depois.

Não sei se culpo o Syura ou não, porque com um pai maluco desses a pessoa realmente não pode sair normal.

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