Darling in the Franxx #03 – Impressões Semanais

Eu não gosto muito de ficar batendo na mesma tecla, porque acaba não levando a lugar algum, e se tornando algo bem chato, mas, sério, por que não usaram esse episódio como sendo o segundo, ao invés daquela situação estranha com fanservice?

O clima mais sério e denso do primeiro episódio voltou, e tivemos tudo o que precisava para entender um pouco mais do funcionamento do universo do anime, dentro das medidas certas,  que te deixa apreensivo ao que está acontecendo ali, e interessado nas explicações que estão sendo prometidas em relação a Zero Two.

Não vou condenar o segundo episódio, ou ficar comparando os dois, o tempo todo, durante essas impressões, mas que as decisões desse episódio me soam bem mais condizente para uma apresentação, isso eu não posso deixar de dizer.

Seja como for, vamos focar nos acontecimentos dessa semana, e em como as coisas se desenrolaram no anime.

A velha missão inicial que não podia dar errado, mas que sempre dá.

O episódio dessa semana tenta abordar um pouco mais das questões de compatibilidade entre os parceiros. O mais interessante nisso, é que, enquanto o episódio anterior focava mais na visão masculina da pilotagem, usando do Hiro e seus problemas para isso, o dessa semana gira mais no aspecto feminino, e na aceitação de um parceiro.

O fato da Ikuno não conseguir manter a sincronia com o Mitsuru, mostra que não é apenas uma questão de oferecer/gerar alguma espécie de “prazer” para as garotas, e tudo ficará bem, desde que o relacionamento deles estejam em dia. Além de ressaltar o fato de que essa “impotência” não é algo exclusiva dos garotos.

As coisas parecem funcionar em uma via de mão dupla bem mais complexa do que simplesmente se ligar ao outro e atingir um certo nível de estabilidade. E ir adicionando informações como essas através de detalhes como os citados acima, soa bem mais agradável, do que jogar um diálogo cheio de explicações na tela.

Eu até cheguei a conversar um pouco com a Victoria (a moça do Mahou Tsukai, para quem está perdido no espaço-tempo) sobre o funcionamento da pilotagem, e dentre uma das coisas que a gente acabou debatendo, foi a forma como as funções dentro da máquina são divididas entre os dois lados, e esse episódio acaba meio que por explorar esse lado.

Um pouco mais de exemplos do sistema.

A Miku recebe o ataque completo, chegando ao ponto de perder a consciência, enquanto que o moleque chato continuou bem, sem sofrer qualquer arranhão. A Ichigo prejudicou todo o controle do robô com uma simples lembrança, e o Franxx nem mesmo ligou quando a Ikuno não conseguiu completar os processos de sincronia.

É curioso perceber que, mesmo sugerindo que o controle dos garotos era importante no episódio passado, a necessidade das meninas ainda permanece, na verdade, soando até mais importantes, já que conseguem controlar o robô sozinhas, enquanto que o oposto não.

É interessante terem abordado um pouco mais disso, e mostrado que, não é pelo piloto estar apto, que tudo vai funcionar corretamente, ou que ele é o grande responsável pelo funcionamento dos Franxx.

Não se fala do peso de garotas. É a regra básica.

Mas claro, junto dessa segunda abordagem, acaba surgindo algo que pode incomodar um pouco quem já está há muito tempo nessa indústria vital.

Eu já assisti uma boa quantidade de animes, e essa questão de compatibilidade entre parceiros não é tão complicada assim de entender, pelo menos quando se diz respeito a necessidade de ter um bom relacionamento com o parceiro, e aquela boa ligação entre ambos.

O episódio até consegue suavizar bem isso, mostrando um diálogo interessante entre a Zero Two e o Hiro, enquanto observam algum tipo de cidade, trabalhando bem a questão deles serem semelhantes em certos aspectos, para dar uma certa base para possível compatibilidade entre eles.

Porém, por mais que tenham sido dois episódios com ponto de vistas diferentes, e que se sobressaiam em certas partes, ainda são dois episódios focados em dizer que o Hiro precisa pilotar com a Zero Two, e que ela vai trazer problemas para os parceiros que se juntarem a ela.

Ainda precisam de mais provas de que os dois tem que ficar juntos para funcionar?

Mesmo que o episódio consiga ser bem interessante, e trazer uma boa dose de entretenimento com a missão de extermínio, e a falha que acaba resultando dela, ao menos para mim, em determinando ponto, foi como estar em uma aula onde, por mais que toda a turma já tenha entendido a matéria, o professor insiste em explicar mais uma vez o conteúdo.

Já tinha sido falado como acontecia a conexão no episódio passado, e a partir do momento em que foi negado a pilotagem ao Hiro, eu já sabia que tudo ia ser conduzido para apontar que os dois precisam ficar juntos, e futuramente levar a oficialização da dupla.

Eu só queria que pulasse logo para o final, para ver os efeitos da pilotagem sobre o Mitsuru, porque essa era a parte nova para mim, e não todo aquele “você não pode pilotar”, “se o Hiro conseguiu, eu também consigo”, “ela não é qualquer parceira”.

Por favor.

Independente, ou não, de ser um pouco repetitivo usar dois episódios para reafirmar a ligação entre os dois, o anime consegue manter o interesse sobre o que está acontecendo ali durante os vinte minutos que tem, além de uma segunda abordagem sobre a pilotagem, logo após aquele “polêmico” fanservice, ser muito bem-vinda.

Agora, é esperar que juntem logo os dois, deem início a trama central, e comecem a explorar mais o mundo do anime, e as diferentes localizações que aparenta ter,  como foi citado naquela cena entre o Hiro e a Zero Two na cidade.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Pensei em inúmeras legendas erradas para isso, mas vou deixar a critério de vocês.

Muito fofo e poético para aproximar o casal…

… Mas parece extremamente errado burlar um sistema HiTech assim.

Gif de fanservice não pode faltar.

Mas vou deixar isso aqui porque achei bonitinho (méritos da Seiyuu da Miku)

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.