Kino no Tabi #07 – Impressões Semanais

Por mais que o título do anime carregue Kino no nome, parece que o povo daquela votação decidiu apostar nos contos onde ela justamente não é o foco, tanto que, com esse episódio, já somamos três histórias onde a Kino não recebe destaque, e acaba sendo um pano de fundo.

Não vejo como um problema, mas é curioso perceber isso, ainda pelo episódio passado também não ter mostrado a história do ponto de vista dela.

Porém, seja com forma, o conto dessa semana consegue ser bem interessante, mostrando uma das aventuras da sua mestra, e os seus envolvimentos com um país corrompido pelo poder militar.

Aguardando pelo spin-off Shishou no Tabi.

O início do episódio acontece de forma bem simples, sem grandes coisas para comentar. A Shishou se mostra uma personagem interessante por conta da sua personalidade calma, lembrando um pouco a Kino nesse aspecto, enquanto que o desenrolar da dupla no país, vai meio pela linha do previsível quando envolve problemas com o abuso de poder.

A implantação de falsas evidências, corrupção através de suborno, recolhimento de bens de valores e tudo mais que faz o kit padrão de um militar “do mal” aparecem para introduzir os problemas da história.

O plano de resgate do aprendiz também é executado de forma rápida, mostrando um pouco das habilidades da Shishou e dando uma variada no clima típico de Kino no Tabi.

Tudo se encaminhava para só mais um episódio na média, explorando alguns dos principais problemas da sociedade, quando temos a parte final da fuga, que foi onde realmente me fez ficar atentando para o que estava acontecendo ali.

Como negociar bem seus direitos de morrer.

Eu achei genial a forma como ela organizou o plano de fuga. Não só por ter “resolvido” os problemas do país indiretamente, mas também por ter bolado tantas coisas para funcionar daquele jeito.

Atirar nos soldados sem matá-los para ir, aos poucos, derrubando a confiança e moral dentro do exército, além de não aceitar sair do local, até receber uma proposta de rendição por parte do país. Ela organizou tudo para funcionar ao seu favor, com aquele toque de cinismo que eu gosto, se contar que, a forma como contaram essa parte da história, acabou ajudando a ficar ainda mais interessante.

Não usaram aquele rush para colocar tudo dentro de um mesmo episódio, já que foi a Kino quem narrou os acontecimentos finais, mostrando apenas as partes importantes e dando mais dinamismo para a história, o que por sinal, ajudou a diminuir a sensação de que foi um episódio completo para outro personagens, mesmo a Kino não sendo o foco da aventura.

Não pode faltar a mensagem do dia.

Por final, temos um salto no tempo mostrando a Kino na cidade do relógio, e os efeitos que ficaram após os envolvimentos da Shishou.

Foi legal ver que a cidade criou um monumento para os dois, e dedicou os créditos para eles como se fossem heróis, essa parte chega a ser um pouco irônica até, com o próprio Hermes perguntando quem estaria certo, já que, do ponto de vista da Kino, a Shishou se comportou mais como uma vilã, criando desordem no lugar,  e até extorquindo dinheiro deles. Enquanto que os cidadãos, e os próprios soldados envolvidos, acabaram vendo aquilo como a chance de mudar o país e consertar os problemas de corrupção.

Seria uma situação parecida com a do episódio do museu. Os viajantes se envolveram com o país, e acabaram influenciando o lugar, ao ponto de se tornarem fatos históricos, mesmo que, na prática, eles estivessem só tentando sair do lugar, ou agir por conta própria.

Também gostaria de saber…

Focando novamente sua história em um personagem diferente, Kino no Tabi entrega um bom episódio, que consegue satisfazer bem com entretenimento.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria ao episódio?

[yasr_visitor_votes size=”medium”]

Extra

A imagem dos dois na televisão me fez rir.

Sem muitos extras dessa vez…

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.