Dies Irae #02 – Impressões Semanais

Esse episódio adaptou exatamente até onde eu previ na semana passada, dando um ritmo bem mais movimentado, e um pouco corrido, para o anime.

A sensação de estar corrido se dá mais aos vários cortes e rápidas mudanças de cena, mas se parar para pensar mesmo, como eu disse, é apenas o ritmo que esteve mais acelerado. Não aconteceram tantas coisas assim no episódio, afinal.

O começo do episódio continuou com a vibe de slice of life da semana passada. O que eu particularmente não me importo muito, já que as cenas de ação, normalmente, no mínimo, deixam a desejar. Com direito a um leve fanservice no primeiro minuto do episódio, embora a cena em si tenha começado com detalhes bem importantes de um dos mistérios da obra.

O anime continua criando muitas e muitas perguntas nas nossas mentes, com vários mistérios diferentes, mas dessa vez teve um foco maior no caso dos assassinatos por decapitação. Apesar dos problemas na parte técnica (Tipo quando a mulher foi atacada e começou a jorrar sangue, o que ficou bem mal feito), ao menos a direção tem tido a delicadeza de explorar bem alguns aspectos dos personagens da obra através de expressões e gestos. Embora não dê para elogiar muito já que pecam bastante em outras partes também.

A vida é importante pois quando a morte vem, não tem mais volta.

Para citar um exemplo: Tivemos o primeiro encontro do empalador e da ninfa com o protagonista, ambos claramente vestindo um uniforme militar, e o anime dá credibilidade a aparência deles mostrando-os em posição de descansar. São detalhes pequenos, mas que conseguem fazer a diferença.

A luta do episódio chamou mais atenção pelos aspectos secundários do que pela luta em si. Se tivesse uma animação melhor e cenas de ação bem dirigidas, talvez ficasse mais empolgante já que o anime sempre terá a trilha sonora como vantagem. Mas ao menos mostraram bem como os vilões estão em um nível desumano, não é todo dia que você quebra a mão e a perna tentando bater em alguém.

A parte que mais gostei na luta foi como conseguiram mostrar características do Ren através das ações dele. Ele foi bem astuto quando, mesmo em estado de choque e confuso, rapidamente ele decidiu fugir quando o Wilhelm apareceu. Ele também foi inteligente ao tentar diferentes maneiras de atacar o oponente quando perdeu a opção de fugir, embora não tenha adiantado nada.

Por outro lado, a animação fraca tira bastante o impacto das lutas, o que provavelmente vai ser um problema recorrente. Mas sendo um pouco chato sobre detalhes, o que mais me incomodou acabou sendo erros de continuidade com o sangue e ferimentos do Ren desaparecendo de um momento para outro.

Boo!

Nesse episódio também foi apresentado melhor o personagem do Valeria Trifa, e uma coisa que achei bem interessante foi o fato de ter toda a encenação dele diante dos protagonistas embora ele faça parte da organização inimiga.

Claro, isso é bem comum até, o que é interessante mesmo é como já foi mostrado de cara que boa coisa ele não é e como isso pode afetar o futuro da história. Mas enquanto essa parte não chega, ainda dá para aproveitar os momentos mais divertidos, como a Rea pedindo o Ren em casamento absolutamente do nada.

Além do que eu falei acima, a conversa entre o Ren e o Trifa também adiciona um pouco mais para a personalidade do nosso protagonista, tanto ideologicamente quanto na história dele em si.

Esse contraste entre as cenas de slice of life e comédia com cenas mais sombrias e obscuras representa bem o conflito do protagonista. Seu desejo era que o tempo parasse e ele pudesse viver aqueles dias tranquilos sempre, mas inevitavelmente ele acaba sendo envolvido em coisas surreais e incompreensíveis que acabam pesando muito na sua mente.

Prova disso foi logo depois da luta desse episódio, quando ele ficou descrente, e logo entrou em estado de negação ao decidir tentar viver a vida normal e pacífica que ele tanto queria, o que faz a aparição da Rusalka e da Kei na escola ser mais significativa do que parece.

Lembrem-se: Dar presentes de aniversário pode te conseguir uma esposa/marido.

No fim, o episódio colocou mais alguns pontos de interrogação em jogo, embora também tenha deixado alguns detalhes subentendidos para o pessoal mais atento. A luta não foi o atrativo do episódio, mas ao menos teve a Rusalka, o que já compensa.

Enquanto isso, a única participação da Marie no episódio foi ela recebendo uma confissão, o que provavelmente deve ter sido confuso, principalmente por ter vindo durante uma luta hahaha.

O episódio 1 do anime foi praticamente só vida cotidiana, já esse segundo começou também com o cotidiano, mas depois transitou para o sobrenatural. O que será que o próximo trará para a trama? Aquele leve fingimento ao agir como se eu não soubesse

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Extras

Poético

Aquele momento que você descobre que é o protagonista da obra de um autor sádico.

Testarossa

Escritor amador, fã de animes, mangás, light novels, visual novels e outras coisas da cultura japonesa. "Nunca tenha certeza de nada, por que a sabedoria começa com a dúvida."