Made in Abyss #11 – Impressões semanais

Dosar bem o ritmo dos episódios não é o ponto forte de Made in Abyss. Comparado a semana passada esse foi água perto de todo drama visto no anterior. Talvez algo que apenas sirva para dar uma leve respirada e voltar a lentidão da história.

A parte mais irritante desse episódio foi o recap de quase 4 minutos, ainda que com a presença de algumas cenas inéditas e uma narração impecável. Porém não consigo visualizar uma recapitulação como algo positivo, ainda mais que o último episódio obviamente foi marcante o bastante para nos lembrarmos dele.

Pelo menos teve um flashback rápido… E óbvio

Tivemos uma leve introdução ao arco da Nanachi com a dose certa de mistério e coisas nada menos que curiosas. O humor dela é um clássico, e ao contrário dos desastres da Riko como comédia, é a ironia dela que a marca como personagem.

Além de demonstrar ter um conhecimento superior em relação ao abismo, dentre suas características mais marcantes, algo que me chamou atenção foi a repetição dela querer afastar o contato físico e possuir uma certa falta de sentimentalismo.

“Sai de perto, encosto!”

Mesmo que seja engraçado o fato dela nem estar pensando em ajudar o Reg e a Riko naquele momento, ainda há um fundo de verdade nesse pensamento. Ela é uma pessoa boa sim, mas não precisa demonstrar isso o tempo inteiro.

Nanachi é outra personagem inteligente que possui um toque de liderança. Isso me deixa animada sobre como será a relação dela com a Riko quando ela acordar. Ambas são extremamente diferentes, mas como a Nanachi já conseguiu captar bem a personalidade da Riko, apenas se confirma que elas têm um ponto em comum.

O Reg continua com seu drama clássico, desesperado e humano. Não achei nesse episódio algo tão exagerado, por conseguir imaginar o que ele sente. Ele é muito inocente e estava constantemente sendo bombardeado com notícias ruins pela Nanachi. Já era previsível seus exageros de expressões e diálogos.

Reg só se mete em roubada

Contudo, mesmo que um tanto parado há algo extremamente chocante e triste nesse episódio. A cena da Mitty foi algo bastante perturbador e que levantou diversos questionamentos. A apresentação dela me pegou de surpresa, e além disso a própria convivência natural dela com a Nanachi também. Não quero nem começar a imaginar a história por trás delas duas.

Em contrapartida, demos um salto direto para a sexta camada e sua maldição em ascender. Essa demonstração mais forte sobre o que ocorre por lá, claramente explica o novo conceito das regiões em que a maldição não tem efeito, mas ainda não foi explicado.

O design da Mitty é impactante e algo que dispensa comentários. Porém é nessa situação que dá para sentir o afeto imenso que a Nanachi deve possuir por ela.

Isso foi tão impactante que até vou reduzir a quantidade de prints

Além disso, ela sabe como argumentar bem devido a ela ser uma irreal que não perdeu completamente sua humanidade. O problema aparece no flashback do Bondrewd, cuja fala sobre algum tipo de experimento chama atenção. E ainda conta com a notícia dele conhecer a Nanachi desde pequena. Já sabemos que todo o drama relacionado a esse arco deve estar bem relaciono com ele e com uma série de acontecimentos passados.

Cara de ser vivo miserável…

O episódio também segue com diversos aspectos naturais e cenográficos do abismo, mais uma vez sabendo exaltar esses detalhes que tornam Made in Abyss uma obra completa. Algumas curiosidades naturais são muito bem trabalhas para se encaixarem exatamente na situação, a exemplo de como a Riko teria seu braço de volta.

Doloroso, mas bem inteligente

E claro, o destaque final se volta para as memórias no Reg no campo de Eterna Fortuna. Foi rápido e sem muita explicação, mas ele claramente conseguiu associar o campo que tinha visto com alguma memória passada, além de citar o nome da Lyza como se a conhecesse.

Não me surpreenderia se ela tivesse sido quem ordenou o Reg a emergir e achar a Riko, como também acho a hipótese um tanto óbvia demais. Somado ainda aparece um colar para dar mais um nó na cabeça e só futuramente saberemos quais sãos as conexões envolvidas nisso.

É tanto detalhe para explicar que só nos restas admirar essa arte mesmo

Por fim, a Mitty parece ser uma criatura que mesmo sem sua devida humanidade, ainda tem alguma característica em seu interior que ao menos reconheceu a situação ao seu redor.

Querendo ou não Made in Abyss se mantém constantemente com suas características misteriosas e sua riqueza de detalhes na criação de seu universo.  Ainda é válido exaltar esses pontos, mesmo com um ritmo mais lento em comparação a seu desfecho anterior e com uma certa perda de tempo inegável na sequência de seus episódios.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

E esses cenários?

Reg sempre com as melhores reações, tadinho

Hoje não tem curiosidade, mas tem gif da Nanachi

“Ele é tão fácil de convencer”

Melhor deboche impossível

 

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).