Classmate, Kamimura Yuuka Wa Kou Itta – Mistérios e reviravoltas para todo lado | Impressões

Falar sobre Classmate, Kamimura Yuuka wa Kou Itta é um pouco complicado. As qualidades da obra, ao menos para mim, giram todas em cima de spoilers, o que não seria muito legal de comentar, já que parte das impressões, servem para apresentar a obrar para quem não conhece.

O mangá se constrói em cima uma boa quantidade de mistérios e suspenses, que são justamente onde surge o interesse em ler. Os porquês daquele mundo, quem é a Kamimura, quem é o protagonista masculino chamado Shiro, o que os alunos da escola são, e quem diabos está fazendo a história girar.

Sendo assim, o mais recomendável seria “arriscar” e ir para o mangá, sem esperar que alguém (no caso eu) de suas opiniões sobre.
Se spoiler leves não forem o problema, o texto a partir da imagem abaixo, terá as ditas impressões, e alguns dos porquês de que gostar tanto desse mangá.

Essa ideia pode não ser tão ruim assim.

Se o nome de um personagem está no título, obviamente, o mínimo que se espera é que ele tenha uma boa relevância para história. No caso da Kamimura, isso acontece em vários níveis. Não somente pela personalidade dela ser bem agradável, mas também pela sua existência ser o pilar de toda a história.

O mangá começa de uma forma bem clichê, com um protogonista meio pessimista, criticando o seu atual estilo de vida, que nada mais é, do que o tradicional “tudo é tedioso”. Ele começa a notar que a vida anda monótona e no meio disso, percebe a existência da Kamimura.

A relação dos dois começa com uma cara de “RomCom”. A Kamimura tem uma personalidade despojada e energética, mas é completamente ignorada pelos demais colegas de classe. O primeiro a dar atenção para ela, acaba sendo o protagonista indiferente que, justamente queria algo novo para sua vida.

Sendo sentenciado a amar a Kamimura.

O grande ponto em tudo isso, é que esse plano de fundo clichê é carregado de indiretas e detalhes, que aos poucos, começam a se desdobrar em um plot denso e até mesmo um pouco pesado.

O cara que buscava uma forma de mudar sua vida monótona, a garota energética que clama por atenção, os alunos que são indiferente a maioria dos comportamentos dela.

Tudo isso começa a voltar como peças chaves do building word do mangá, até o ponto em que você recebe a informação de que o mundo gira em torno da Kamimura. Literalmente, tudo dentro daquela cidade foi criado por causa dela.

E é nesse momento que as coisas começam a andar para trás.

O mangá deixa claro que está acontecendo algum tipo de experimento ali, logo no primeiro capítulo, e não demora muito para você receber a informação de que a Kamimura é a única humano naquela cidade.

Ela vive em um ambiente simulado, onde todos os cidadãos são robôs, e existem para colaborar com os testes feito nela. Esses testes são alterados de acordo com o progresso da história, e são onde normalmente o interesse pela obra só vai aumentando.

As explicações sobre o mundo, sobre como a Kamimura foi escolhida, sobre as razões do experimento existir, e outras coisas do tipo, vão sendo adicionadas no progresso desses experimentos, que por si só já são interessante, além de terem momentos bem complexo e até dramáticos.

Não é somente a Kamimura quem têm seus problemas com aquele mundo.

Os plano de fundo dos outros personagens não são tão desenvolvidos assim, até porque, eles não deveria ter um de acordo com o contexto da história, mas existe uma especial, que vale muito a pena (a garota chorando da imagem acima).

O passado dela é usa para explicar algumas coisas a respeito da construção do universo em si, mostrando um outra versão do mundo da Kamimura, com aquele leve toque de ironia sobre a benevolência de Deus.

A história por si já é algo bem interessante, e quando ligado ao fato da garota ser bem carismática, acaba sendo ainda mais impactante, já que cria uma sensação de desigualdade, ou punição desnecessária em cima da relação “pessoa x experimento”, o que acaba te fazendo sentir mais raiva dos vilões, e querendo saber como a história vai terminar.

Para mim, a garota com melhor character design.

O contra ponto em tudo isso, é que mesmo já estando finalizado no Japão, o scan gringo “abandonou” o projeto (última atualização aconteceu em Janeiro desse ano), nem mesmo o último volume em japonês eu consegui encontrar, o que me dá um limbo existencial, já que falta só 4 capítulos para completarem.

Por mais que possa ser um pouco desmotivador ler o mangá incompleto, ainda vale a pena conhecer a obra, já que alguns dos segredos foram revelado ( o final seria mais por conta do romance e “libertar” a Kamimura… Acho).

Extra

Existe uma boa dose de romance, mas não espere algo completamente inovador ou milagroso.

E a best girl também tem um belo plot.

De vez em quando, ela faz cosplay de Darkness.

 

Mas consegue ser bem fofa.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.