Osananajimi wa Daitouryou: My Girlfriend is the President – Namorando presidentes e espaçonaves! | Review

Sinopse:

Uma nave alienígena colide acidentalmente no escritório do primeiro ministro do Japão, deixando ele e outros políticos em um estado indescritível. A alienígena dona da nave em uma tentativa desesperada decide recolher os corpos para “consertá-los” e transforma a primeira pessoa que ela encontra, Ouhama Yukino (Amiga de infância do protagonista), na nova presidente do país.

Como não é tão fácil adotar um novo sistema político e evitar os problemas óbvios nesse desenvolvimento, ela faz lavagem cerebral em toda a humanidade. Por alguma razão, apenas o protagonista, Hondou Jun’ichirou, tem as memórias do mundo antes da lavagem cerebral. Agora ele tem que viver não só como estudante, mas também como vice-presidente dos Estados Unidos do Japão (???).

Desenvolvedora: Alcot

Ano de Lançamento: 2009

Duração: 10 a 30 horas

Traduzido: Sim (Inglês)

Okay, se a sinopse acima não foi o suficiente para entender, eu digo diretamente: Osanadai é uma visual novel bem zoada (No bom sentido).

Eu já escrevi sobre vários tipos de visuais novels diferentes, mas nunca parei para falar sobre uma de comédia. Osanadai é uma VN de humor nonsense, do tipo que a piada está muito acima da lógica, se esse tipo de comédia não te agrada talvez não seja a obra ideal para jogar.

Na época que eu joguei a VN, que foi a minha primeira focada quase totalmente em comédia, era durante boa parte uma experiência muito divertida. Além de gostar de humor nonsense, as incontáveis referências feitas de maneira estúpida sempre arrancavam uma risada aqui e ali (Ou às vezes alguns facepalms). Fora as piadas viajadas e imprevisíveis que surgiam quase que frequentemente.

Variedade é o que há!

No entanto, ela não é uma obra que nunca se leva a sério. Até porque se fosse não teria nem as diferentes rotas, nem os diferentes desenvolvimentos. Surpreendentemente a VN tem uma história decente que, apesar de não ser nada demais, conseguiu fechar bem toda a história sem deixar quase nada sem resposta.

Claro, isso vem com o custo de que você precisa fazer todas as quatro rotas para ter todas as peças do jogo em mãos. Mas com a história sendo algo secundário, se você não tiver interesse em saber tudo, não é necessário ler as 4.

Por ser muito focada em comédia, alguns desenvolvimentos mais dramáticos em algumas rotas podem acabar soando um pouco forçado. Não por ser mal feito, mas mudanças de atmosfera muito abruptas sempre causam um certo impacto.

Embora seja um problema, por não ser o foco principal acaba não sendo algo que estrague a obra de maneira alguma. O que tem um certo espaço também é o romance, o que, por boa parte, consegue cobrir o problema citado acima.

Nada como namorar a presidente do país. Sem dúvidas o jeito mais fácil de ganhar admiradores…

Bem, duas das quatro rotas foram muito divertidas de acompanhar o romance do casal, enquanto as outras duas eu pessoalmente achei mais fraco. O contraste do casal em cada rota servia tanto como um auxilio quanto como um problema, dependendo da heroína.

A Putina, presidente da Rússia na história… Exatamente o que imaginou, e a Ell, que é uma nave alienígena que tem forma humana, foram as heroínas que mais gostei, enquanto a Yukino e a Ran, primeiro amor do protagonista, que provavelmente muitos teriam como a favorita, eu tive que fazer uma força a mais para terminar suas rotas. No fim das contas todas as heroínas são bem arquetípicas, e depende mais da sua preferência do que qualquer outra coisa.

Ao menos o romance no geral mescla bem com a história, e todas as rotas tem sua dose de drama. Algumas vezes bem legal, outras meio cansativo. Os personagens secundários acabam tendo um bom destaque também, servindo como um bom contraste para cada um dos personagens principais.

A famosa carta do “Ela tem 18 ou mais”, sempre funciona.

A arte é OK, nada de especial, mas também não é ruim. Tem até algumas CGs bem bonitinhas aqui e ali, além de ter umas com versão chibi bem engraçadas. Já a trilha sonora não é nada demais, é bem simples e passável.

A VN tem um bocado de h-scenes (O protagonista ser pervertido ajuda bastante). Um detalhe interessante são as escolhas, que embora algumas sejam bem óbvias, outras são totalmente sem sentido e a maioria delas são engraçadas. Eu aprecio obras que brincam com suas próprias escolhas, pois é uma forma de humor um pouco mais inesperada.

No fim das contas, Osanadai é uma VN que só se destaca mesmo na comédia. Mas por ser quase totalmente focada nisso pra início de conversa, acaba se tornando uma obra divertida e bem leve de se ler. A curta duração e não precisar fazer todas as rotas a faz ser uma visual novel muito boa para quem é desacostumado não só com essa mídia, mas com a leitura no geral, pois é feita de diálogos e narração simples.

Lembrem-se que nem sempre o simples é ruim, ninguém vive só de contos épicos. Aproveitar uma boa comédia com romance é sempre uma opção a se considerar. Isso é, se você achar engraçado claro, caso contrário não sobra realmente muita coisa.

Avaliação:

Roteiro: 6.5/10

Personagens: 7/10

Trilha Sonora: 6/10

Arte: 7/10

Gameplay: 7.5/10

Entretenimento: 8/10

Nota Final: 7/10

Extra:

Foi a isso que os planos de Kira o levaram. Se ele soubesse, não teria feito nada.

 

Enquanto isso, alguns são zoados até em mídias diferentes. Nem lolis respeitam o Yamcha.

Testarossa

Escritor amador, fã de animes, mangás, light novels, visual novels e outras coisas da cultura japonesa. "Nunca tenha certeza de nada, por que a sabedoria começa com a dúvida."