Clichês – Por que tem tantos Animes que começam Igual? | AnimeTopics

Neste AnimeTopics vou tratar dos famosos clichês. Mas sem listar. Ao invés disso vou comentar sobre o porquê de existirem tantos e o porquê de não tentarem inovar mais, em vez de seguir formulas prontas na maioria dos casos.

Como sempre o vídeo é maior e tem alguns exemplos, enquanto a versão escrita é um resumo.

 

Versão escrita (resumida):

Por que a maioria dos autores fica seguindo a mesma formula para haréns? O cara encontra a heroína pelada, ela fica brava, e começa a relação dos dois a partir disso. Deve ter mais de 100 obras começando assim se contar light novel e mangás (algumas visual novels também).

O motivo desse, e muitos outros clichês permearem ao longo dos anos, é bem simples na verdade; eles funcionam! Eles vendem! E por mais que os críticos reclamem por serem previsíveis demais, a maioria do público médio gosta que aconteça exatamente o que eles esperam.

Outro problema é que o público, na maioria das vezes, não é muito receptivo a tentativas de inovação. A maioria tem expectativas no que vai acontecer e quer apenas que elas sejam cumpridas. Uma surpresa, ou as coisas acontecendo de forma completamente inesperada, nem sempre é visto com bons olhos. Na verdade, na maioria das vezes é vista de forma negativa.

O protagonista que perde na batalha climática; a heroína principal que morre no meio da obra; o protagonista que morre no volume 1 e você descobre que o coadjuvante amigo dele que era o verdadeiro protagonista, etc. Existem muitos possíveis desenvolvimentos inovadores, mas poucos são aceitos pelo público. Que sim, quer mais do mesmo, com apenas uns 5% de inovação para dar um ar leve de novidade.

Tem exceções? Claro que tem. Monogatari é um mega hit no Japão, e é algo totalmente fora da caixinha. Por mais que eu não aprecie, aprovo a tentativa de criar algo diferente.

Mas na maioria dos casos ganhamos mais do mesmo. Autores que tentam algo diferente geralmente se dão mal.

A exemplo, o autor de Saijin Bahamut que tentou 2 obras relativamente originais antes de Bahamut, mas floparam em vendas e foram canceladas. Na terceira tentativa ele clonou Infinite Stratos em um cenário medieval. Resultado? Ganhou até anime!

Ele vai tentar outra coisa original ou tentar formulas garantidas daqui para frente? Acho que a segunda opção é mais provável…

Claro que obras que são basicamente clones, dificilmente viram grandes hits, já que sofrem sim certa rejeição. Mas a questão é que o mercado em geral absorve obras previsíveis com mais facilidade.

Clichês, no entanto, podem ser bem utilizados, desde que não se abuse deles, e tentem aspectos inovadores no meio.

Rakudai Kishi tem um começo super clichê do protagonista pegando a heroína tsundere pelada e ela desafiando ele, que, como é comum, é mais forte do que parece. Quantas vezes você já viu isso?

A partir daí, no entanto, a obra começa a apresentar diferenciais.

O personagem central não é denso como a maioria dos protagonistas. A obra não é um harém como parecia, a heroína não é uma tsundere padrão, e ao invés de inocente, como manda a cartilha, ela é a pervertida do casal. O romance, que geralmente é enrolado, se resolve em tempo recorde na obra.

Não é uma obra inovadora, mas o autor ao menos teve a decência de não seguir formulas à risca, apenas utilizando o básico delas para começar a história. Recomendo o anime por sinal, foi uma boa adaptação.

E é isso. Clichês existem porque as pessoas gostam e eles vendem.

De tempos em tempos vamos ver alguma coisa nova, mas a maioria, infelizmente, vai seguir os padrões que geralmente garantem vendas.

Cabe a nós apenas torcermos para que ideias inovadoras deem certo, para incentivar alguns poucos autores a tentarem sair fora da área de conforto de vez em quando, e com sorte, ela vender.

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