SukaSuka #06 – Impressões Semanais

E finalmente depois de descer degraus e quase rolar ladeiras, Sukasuka ressurge com aquele tipo de episódio em que eu me pergunto “realmente foram só 24 minutos?”. De longe o episódio mais completo até agora, e sinceramente nem sei por onde começar.

Eu não entendo a estrutura dessa direção em que em um episódio acontece absolutamente nada e no outro acontece absolutamente tudo. Com bastante conteúdo teórico, a obra se sustenta bem no quesito explicativo e não deixou a desejar. De início, fique estagnada tentando assimilar o passado do Willem voltando com tanta força e de uma forma que sim, foi um tanto imprevisível.

O Souwong é um dos personagens que fogem de um padrão de personalidade, e isso me agradou bastante. Ao mesmo tempo que ele é um sábio de idade, sua demonstração de carisma reflete muito seus 500 anos atrás. E o jeito que a conexão com a história do Willem foi trazida começa a mostrar fatos muito interessantes.

CHOCADO.

Uma das maiores curiosidades iniciais era saber por que as ilhas flutuavam, e as explicações dadas pelo Souwong e a antiga besta Eboncandle, atendem bem ao chamado, mesmo que seja um tanto estranho apelar para comédia nesse tipo de situação. Ficou divertido, com certeza são dois personagens que quebram ainda mais a falta de drama na história. E ao contrário do que sempre acontecia nos últimos episódios, as coisas não foram simplesmente jogadas.

Umas coisas que admirei bastante foram as visões creepy da Chtholly, inseridas de modo muito melhor nesse episódio. Dessa vez, sabendo alocar cada informação, o episódio começa a transparecer além de conteúdo, uma boa adaptação. Sim, a novel é muito melhor escrita e sentimentalista, o que tornou o anime bem mais fraco nesses quesitos.

Queria entender um pouco mais porquê o Eboncandle lutava com o Willem antes das suas “mortes”, mas agora parecem tão íntimos. Ou ainda melhor, por que mesmo como besta ele ajudou a reerguer as terras. Tais objetivos já foram de cara ditos como mistério pelo Souwong e espero que essa verdade sobre as bestas crie uma reviravolta ainda melhor na história. E ainda some com essa ideia de voltar para a superfície.

Juro que eu não sabia se ria ou estranhava esse design.

Algumas coisas das fadas são bem explicadas pelo Souwong também, já que ele mesmo as criou. Toda a teoria de meninas vazias já era bem transtornada. Em soma, com a criação via necromancia e a definição de “fantasmas instáveis”. fica cada vez mais difícil entender a condição das garotas. Consequentemente cada informação nova traz aquele quê dramático necessário à obra, pois já é bem fácil se apegar àquelas personagens.

Talvez o maior incomodo desse episódio tenha sido o corte denso para a batalha passada da Chtholly. O momento para a cena ficou bom, mas não tinha ficado claro que elas tinham perdido na última batalha? A disposição dos momentos das batalhas ficou bastante confuso.

Ainda assim, apenas dois minutos de luta foram quase o suficiente para colocar o “surto” da Chtholly no eixo e finalmente estabelecer aquele ponto que faltava; o drama. Primeiramente, toda a reação das garotas a respeito do que aconteceu com ela foi muito notória.

Essas cenas bonitinhas dignas de gif, mas que ninguém faz T-T

A Collon define que a Chtholly está “quebrada” e tanto a Nephren quanto a Ithea não demonstram absolutamente nada. Nem quando ela está naquele estado deteriorante e muito menos quando ela retorna. Não há nenhum sentimentalismo, exceto pela Tiat, que se expressa de forma um tanto diferente das outras. Assim é bom pensar que mesmo com pequenos detalhes a respeito dela, a obra atual continua seguindo bons pontos em volta da sequel, e por aí segue.

A deixa seguinte é ainda mais completa. Além de uma fotografia muito agradável, o encontro com a Elq levanta uma série de teorias. De fato, todo o surto da Chtholly tem a ver com seu passado, ou melhor dizendo, com sua alma passada. Algo que ela mesma deveria saber, mas que só foi representado como seu conhecimento agora (ainda bem).

Mesmo com um estilo predominantemente arrepiante, a arte elaborada em torno desse encontro foi bastante bonita. E com certeza uma das parte mais marcantes para mim foi o “Quem sou eu?”. Faz refletir um pouco no fato das fadas sequer serem consideradas seres vivos, por terem as almas de crianças falecidas. Será mesmo que as suas personalidades sequer são delas próprias?

único gif que achei, é a crise…

Com isso o drama recebeu seu destaque, mas o que entra ainda é aquele toque de romance mesclado em meio a essa situação. Mesmo achando um tanto apressado com todas as indiretas da Chtholly, finalmente posso falar que botar tudo para fora foi uma boa solução. Admito, foi uma declaração consistente. Não arrancou lágrimas como deveria, até porque o ângulo da cena me incomodou um tanto. Mas com sutileza o objetivo foi alcançado.

Posso concluir que espero mais da Elq por aí, já que foi levantado algo curioso no Twitter; a moça do passado do Willem tem cabelo vermelho, a Elq também, e apenas deixamos pairando a assimilação no ar. Como algumas coisas não podem ser mais corrigidas, ao menos estão remediadas.

Contudo, pode ser esse o ritmo voltado para aquele feels inicialmente previsto, e como a Ithea disse; provavelmente a Chtholly ignorou as consequências e pagou um preço alto por isso. Quais são as consequências; ainda não sabemos, mas acho que agora dá para levar com mais tranquilidade até os desfechos finais.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

Moça, você está demorando muito para aparecer.

Coisa mais lindinha ♥

Essa cena, essa cena!!!

Quando o professor começa a dar aquela matéria m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a.

Sei que todo mundo já empurrou o coleguinha para “aquela” pessoa, hoho

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).