Sakurada Reset #08 – Um reset nas minhas expectativas | Impressões Semanais

Esse, até o momento, foi o episódio que menos me agradou. Teve coisas boas? Teve, mas em vista das resoluções dos outros arcos, esse me deixou uma sensação estranha. Talvez por estar esperando alguma revelação bombástica para dar um certo ar de vida para o anime, eu acabei me frustrando com o modo em que as coisas se resolveram.

A falta que os resets fazem nas loucuras do Kei.

Começando pelo caso da Eri, que ao meu ver, foi complemente sem propósito. Fizeram um grande suspense sobre como o Kei iria se virar sem os resets, para no final, resolverem tudo de forma meia-boca.

Se já não fosse estranho o suficiente o Kei ter as coisas preparadas de antemão (o que é apenas explicado na frase “eu estava lá antes de você chegar” da Murase). O modo como a Eri entrega de bandeja o poder da Haruki de volta me incomodou muito.

Não é possível que eu seja tão lerdo, para não entender a razão dessa frase.

Teve uma grande cena no episódio passado, com altos papos de “vou ser má”, e na hora de realmente fazer algo, ela me vem com aquilo? Era como se a própria Eri não soubesse da regra da sua habilidade.

Como diabos você rouba um poder de impacto, como resetar os dias, e anula ele só para mudar a memória da pessoa em relação a você? Não faz sentido, ainda mais por não terem colocando uma explicação para o possível plano que resultaria disso.

A Eri anula a própria habilidade para “domar” a Haruki, mas porquê? Pode ser para ferir o Kei, mas ela não poderia ter pegado a Haruki de outra forma, ao invés de entregar o poder de volta? Se apenas isso não fosse o suficiente, a forma como justificaram a anulação da habilidade da Eri é bem fraca.

Haja devoção ao Kei.

A conveniência de que o Kei sabia dos padrões dela me deixou muito incomodado. Esse tipo de intelecto overpower pode ser legal, mas precisa de base para funcionar, de algo que te faça dizer: “ah! então foi ali que ele fez”, mas do jeito que ficou, não deu para sentir que o Kei realmente sabia de tudo.

Pode até funcionar na base da dedução, já que ele conhecia a Eri antes, mas a falta de, nem que fosse um flashback, explicando algo, acabou me deixando incomodado. Ficou como se ele tivesse aparecido só para assinar o nome no trabalho, e depois voltado para casa.

Don’t look back!

Depois desse grande plot twist arquitetado pelo Kei, tivemos o resgate da Bruxa. A ideia em si é bem executada, e a forma como o Kei consegue abraçar os dois lado (salvar a Bruxa, e a Eri de serem pegas pelo Escritório) funciona bem, e cai naquela velha questão de como as habilidades são usadas de forma simples para fazer coisas grandes, entretanto…

Parece que não…

Onde está a emoção da cena? Cadê o “sangue”? Cadê o impacto psicológico nas loucuras do Kei?

Não estava levando em conta a falta de expressão dos personagens por considerar algo mais pessoal. Eu não ligo de conversas lentas e personagens mais “humanos” (leia-se personagens que não ficam gritando “senpai”, ou sorrindo e pulando como se estivessem em um comercial).

E por dizerem que esse comportamento tem explicação, eu estava relevando na boa. Mas até para mim, a cena chegou a ser um incomodo.

Eles estavam invadindo um prédio… não qualquer prédio, mas o do tão falando Escritório. Mesmo que pelos diálogos desse a entender que seria algo “perigoso”, você não sente isso ali.

Seja pela música de elevador como trilha sonora, ou pela falta de energia dos seguranças.

O Sasano entrou tirando foto como se estivesse em uma exposição de museu, acho que nem a desculpa dele ser idoso justificaria a tranquilidade em que ele estava fazendo as coisas.  A Murase até corre de um lado para o outro, mas ainda assim, tudo acontece, mas com cara de que nada está acontecendo.

De vilã a vítima.

E para fechar, tivemos a conversa final com a Oka Eri para colocar um ponto em tudo o que ela estava fazendo. Os motivos dela não eram elaborados, e no fundo, ela só queria que o Kei voltasse a ser frio e calculista (mais?) como foi quando eles se conheceram.

Eu tinha colocado minhas esperanças que ela poderia fazer algo para agitar o enredo e bem… ela até vez, mas isso foi solucionado de forma tão básica (não que seja obrigatoriamente ruim), que ela perdeu o apelo que tinha para mim.

O final da história da Bruxa e do Sasano também foi da mesma forma. Há um certo apelo no conto da bruxa e do namorado que se encontram às escondidas, mas passou longe do que eu esperava.

Para mim, ela iria dar um gancho para uma trama elaborada a respeito do Escritório… bem, eu estaria mentido se ela negasse isso, mas foi tão raso que não dá nem para formular alguma coisa.

Que o Escritório é o “vilão” da parada, isso já está meio que sendo acrescentado, então apenas pelo modo como ela diz: “estão procurando uma substituta para mim” não dá para criar muitas expectativas.  A única coisa que realmente dá para ficar interessado, é apenas a confirmação do que, em teoria, já era óbvio.

A Souma deve, logo logo, reaparecer.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria aos episódios?

[yasr_visitor_votes size=”medium]

Extra

Para não parecer que Hateiei o episódio.

Como a maioria deduziu, o encontro entre os dois deve acontecer pela foto. Se a Souma realmente consegue ver o futuro, não ficaria estranho ela estar na imagem, ou muito menos planejar tanta coisa.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.