SukaSuka #03 – Impressões Semanais

O que fizeram com esse episódio?!

Informação atrás de informação e um enredo cada vez mais detalhado aparecem em SukaSuka. Ao contrário do que parece, nesse episódio o caminhar começa de forma agradável e leva a um conturbado deslize no final. E só lá na frente esse deslize poderá ser considerado imperdoável ou não.

De início, a Nephren mesmo que com uma personalidade mais vazia que o normal, começa a aparentar um certo mistério na trama. O fato dela surgir em situações do nada, acaba tornando-a uma personagem bastante observadora e misteriosa. Não dá para definir muito bem se isso faz parte da encheção de história ou se realmente tem algo por trás. Fico no aguardo.

O romance apressado no último episódio quase foi consertado. Para quem concordou que a cena “romântica” do Willem com a Chtholly foi um tanto corrida, agora temos uma remediação com ela finalmente admitindo que aquilo foi um tanto exagerado. Porém, sua demonstração de ciúme ainda não completa esse fato por inteiro. Sim, é possível justificar muitas coisas com as informações vistas dessa vez, mas é quase que enfiar justificativa em cima de justificativa ao invés de tratar o romance com mais seriedade.

Outra situação que acaba incomodando é a primeira luta que aparece na história. Movimentações relativamente agradáveis, mas que não chegam a encher os olhos, bem mediano. Algumas cenas em slow motion que ficaram bonitas de se ver, mesmo se tratando de uma luta bem curta. E claro, todo aquele discurso heroico/dramático da protagonista.

Primeira luta não chama muito a atenção.

A explicação para as Dug Weapons servirem as fadas era justamente sobre o venenum que elas usavam. Agora entramos com uma outra característica delas: a reação contra a força do inimigo. Em geral, a toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Então, quanto mais forte o oponente a Dug Weapon for, mais letal ela fica por conta dessa reação. As explicações físicas são todas compreensivas, se não fosse pelo fato das fadas não saberem nada a respeito delas.

Fica a prova de que elas são realmente objetos descartáveis. Descartadas por quem, ninguém sabe. Mas elas não conhecem nem os próprios poderes, de onde surgiram ou como suas armas funcionam. O conflito que a Chtholly começa a criar sobre outras fadas terem morrido em vão faz todo sentido. Fazendo-a até admitir que ela tem medo de morrer, o que também foge completamente do objetivo delas serem fadas. Leve contradições.

O melhor foco desse episódio foi a história do Willem e a descoberta de que ele era um emnetwihts, o que explica muito a reação dele sobre as Dug Weapons e seu conhecimento sobre elas. E bom, fica a pergunta de como será que ele se sente a respeito desse passado conturbado. Digamos que ele seja um personagem bastante maduro, mas ainda não muito expressivo nesse aspecto.

Ele perdeu basicamente tudo, menos a vida, aparentemente derrotando alguma das bestas. Por sinal, que finalmente tiveram seus designs revelados, mas ao meu ver ficaram um tanto sci-fi demais. A mistura com a estreia medieval, toda a mitologia a respeito das fadas e o ­sci-fi, ainda não provaram ser uma boa combinação, porém seguimos em frente.

Essa cena sim teve seu valor.

Ainda há questões muito abertas como: por que os humanos se revoltaram? Como as bestas apareceram? Como as outras raças sobreviveram? São curiosidades que gostaria que fossem exploradas até mesmo se possível em meio às batalhas. Por sinal, pela condição atual do Willem, não fica claro se ele ainda tem condições de lutar plenamente ou não. Então, é esperado que o centro das lutas e futuras mortes realmente fique entre as meninas.

Como sempre algumas cenas de humor foram inseridas dentro de um drama. E algo muito notável é que cada vez mais, vemos o foco da história se distanciando das crianças e tomando um rumo muito instável. Entramos numa cena realmente muito bonita, bem ambientada e com uma OST agradável, entre o Willem e a Chtholly. Que é justamente o que quase corrige o romance deles, se não tivesse um diálogo muito desinteressante.

Contudo, é nessa cena que dá para retirar uma pequena contestação na forma com que o romance deles está sendo tratado; o passado do Willem. Ele ainda tem algo preso lá, que não demonstra de fato, mas há uma garota, uma família. Então, mesmo que tenha se passado anos disso, é algo com que ele ainda mantém uma ligação muito grande.

Amorzinho de ambientação.

O que pode quebrar isso é a Chtholly, que ainda é uma protagonista com muitas feições. Diria que a personalidade dela é muito completa. Ela é instável, mas ao mesmo tempo consegue manter uma conversa sem ser apagada. Ela é forte, mas ao mesmo tempo também não é. Dificilmente iremos entender o que é ser de uma raça que não teme a morte, e temê-la, então digamos que ela é o mais perto de humana na obra, depois do Willem.

Depois de picos altos, algumas explicações úteis, contradições e cenas bonitinhas, entra o que realmente não gostei: dar um salto temporal muito grande e as colocarem cara a cara com uma luta importante. Tudo aquilo que eu já estava achando corrido se tornou mil vezes mais. O Willem se porta como esperançoso demais diante de uma das lutas mais importantes, a luta em que a Chtholly pode/poderia morrer. E o anime simplesmente salta do nada para ela.

Tentando pensar positivo, pode ser um dos porquês para se terem mais lutas até o último episódio, talvez para dar espaço para outras relações, talvez por não caber tudo em uma temporada. E isso pode gerar muitos problemas futuramente. O andar entre o episódio #1 e esse são muito diferentes, o que suscita a pergunta de se tudo isso está realmente sendo bem adaptado no quesito de temporalidade.

O que nos resta é esperar que esse salto faça valer a pena e que essa tal luta volte a mostrar todo o drama que deveria estar sendo abordado.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

Realmente gosto dessas armaduras que misturam algo mais moderno com antigo

Repito que essa cena foi adorável.

O fato delas serem representadas com asas de fada combina tanto com a Chtholly.

E claro, ela é extremamente fofa também.

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).