Tales of Zestiria #17 e #18 – Impressões Semanais

Retornando com a jornada de Sorey e seus amigos para salvarem o mundo da malevolência. Eu esperava que as coisas ficassem bem mais movimentadas depois da morte do Konan, mas estes dois episódios de Tales foram mais calmos do que eu queria. Eles se focaram basicamente em preparar e entregar a Rose como nova escudeira do Pastor.

Enquanto no jogo isto já tinha ocorrido bem antes, logo após a guerra. E sinceramente, eu também preferiria que o roteirista tivesse optado por algo semelhante, já que depois só ficaríamos com a dinâmica dos acontecimentos em Pendragon, no qual temos um pequeno desenvolvimento encima da garota.

E essa atenção concentrada na heroína foi bem positivo já que a maioria do público com certeza simpatizou um pouco mais com ela. O que é essencial, porque o que mais te prende a uma história é o envolvimento com os personagens.

E falando em Pendragon, eles rusharam para caramba o conteúdo de Rolance. Para vocês terem ideia, no jogo a treta com a igreja corrompida foi um tiquinho maior. Além de termos a presença de vários infernais na cidade e arredores (eles são bem mais focados no jogo), etc.

Rusharam o conteúdo, mas até que a cena de purificação da “alma” do dragão foi algo decente

Mas o que mais me incomoda é que estão cortando coisas sobre o passado do pastor anterior que são importantes para o plot principal e provavelmente vão colocar isto tudo resumido depois em alguma parte da história, só não sei a onde – só sei que o roteirista tem que colocar.

E  já era pra ter ocorrido um clímax maior. Os que ocorreram até agora só duraram apenas alguns minutos, o que chega a ser desanimador, apesar de serem cenas que são bem arquitetas.

É de ciência de qualquer escritor ou roteirista que em momentos chaves ou no qual algo mais marcante vá acontecer, necessitasse primeiro de preparar o terreno e segundo de manter a apreensão do leitor  ou espectador antes de entregar o alivio ao público, o que Tales não faz.

Então o roteirista esta de parabéns em alguns aspectos, como condensar o conteúdo do jogo em algo aceitável se centrando no plot principal (mesmo que eu ainda ache que nesta segunda parte ele deveria ter colocado algumas coisitas a mais).  Mas peca bastante na criação de momentos que geram emoção e prendam o público. E a culpa não é totalmente dele já que o roteiro do jogo realmente não é lá a melhor fantasia medieval já escrita.

No entanto pelo o que eu lembro, tinha momentos legais e pequenas revelações aqui e ali que deixavam a história mais palatável, principalmente depois dessa parte de Rolance. Só espero que consigam adaptar isto da mesma forma no anime que por enquanto esta bem ok, mas nada demais.

Agora falando um pouco dos acontecimentos dos episódios em si. Gostei da Rose se questionando sobre se tudo o que ela fez até o presente momento foi por nada, o que ressalta o fato que ela não é tão fria e sente o peso das mortes que causou.

Além de não configurar a heroína como alguém que nunca tenha dúvidas de suas ações ou capacidade , mas apenas que se dispõe a fazer o necessário para o bem das pessoas comuns.

As duvidas sobre ter ou não ajudado o mundo com suas ações humanizaram ainda mais a Rose

E também gostei da postura do Sorey de compreender o lado da Rose, não assumindo uma posição de juiz e condenando em absoluto a ação que a garota tomou. Pelo contrário, ele apenas esboçou a sua convicção que matar pessoas por qualquer motivo é errado, mas não afirmou em momento algum que o que a Rose fez era sem sentido.

E com qual das posições eu realmente concordo? Com as duas, matar pessoas é errado independente do motivo porque uma vida humana é algo insubstituível, mas tem casos que matar se torna a única opção (guerras, auto-defesa, etc).

Além disso, se uma pessoa x é uma das causas para a aflição de população y, não acho errado acabarem com a existência dele  para o bem da maioria.

Mas querendo ou não, o peso de retirar uma vida continua presente, mas como a morte dele causa mais benefícios que malefícios, neste caso foi um mal necessário.

Também gostei como inseriram o conteúdo de Berséria ligado ao Zestiria sem colocarem episódios totalmente focados na Velvet. Mesmo que no fundo eu desejasse ver mais dela do que do Sorey, como estamos na reta final do anime, inserir episódios nada haver no meio da parada só deixaria o roteirista sem tempo para terminar a história pelo menos entregando um final razoável.

No fim, estes episódios acabaram sendo obviamente uma preparação para algo maior (assim o espero). Então o que resta é aguardar e crer que algo de interessante vai acontecer em Dama do Lago, já que Sorey e companhia estão retornando para Hyland a pedido da Alisha.

E nesse caso eu também prefiro a velha abordagem de ficarem mudando o ponto de vista de um para outro, já que da forma que optaram o público fica muito tempo sem se envolver com a personagem e seus problemas.

No geral, esses dois episódios conseguiram me entreter de forma mediana. Mas já estou no aguardo para que comecem as tretas, já que Sorey nem sequer enfrentou um dragão ou o lorde do caos ainda.

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E você, que nota daria ao episódio?

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#Extras

ESPECTO PATRONUUUUM!!!

Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.