Tales of Zestiria 06 e 07 – Velvet Crowe, uma protagonista bem melhor | Impressões

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Dois episódios focados no passado do mundo

Saudações, sou Sirlene de Moraes, uma velha comentarista e nova redatora do blog,  vou me encarregar das reviews semanais de Tales of Zestiria, espero que gostem do meu texto. Lembrando que este é o primeiro review que faço para um blog. Fora isso, tenham uma boa leitura e fiquem a vontade para fazer críticas ou sugestões.

Análise

É indiscutível que Tales of Zestiria the X é o anime visualmente mais bonito e animado da temporada, contudo, além da parte técnica a história por enquanto não tem nenhuma característica que chame mais atenção, apesar de todos os episódios permanecerem movimentados e com cortes de ação que fariam inveja a muitos animes do gênero.

O protagonista principal também permanece ok e sem características mais contrastantes em sua personalidade, apenas sendo um cara gente boa. Então, nesse ponto, Velvet Crowe, protagonista apresentada nesses dois últimos episódios se sai bem melhor, possuindo uma personalidade e motivações mais interessantes.

O episódio de estreia da personagem também apresenta uma atmosfera mais sombria do que os episódios ao qual somos apresentados ao futuro pastor (Shepherd), Sorey, com uma trilha sonora mais tensa, pesada, lúgubre e eletrizante que se adéqua bem as situações.

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Eu gosto de como esta mulher é prática e direta

Ao contrário do nosso alegre, honesto e benevolente pastor, Velvet já é uma personagem mais complexa por possuir uma história mais trágica, carregando consigo os sentimentos de vingança e ódio pelo homem que tornou a sua vida um inferno. Sua personalidade também contrasta bastante com a de Sorey, por ser uma pessoa mais fechada, séria e prática, decorrente da experiência de perda que teve no passado e da maldição que carrega, por consequências disso, em seu braço esquerdo.

A mulher também é badass e sabe lutar, mas não possui apenas força bruta, ela é inteligente e conta com uma ótima percepção, sabendo construir estratégias, além de não hesitar em tomar alguma iniciativa. Do elenco apresentado, Seres e Oscar, o antagonista, foram os que mais me chamaram atenção.

Seres, um malak (espírito), possuía uma determinação forte, não acreditando que os ideais e ações de Artorius eram tão corretos, buscava se libertar da sua escravidão e viver por sua própria convicção, até se sacrificou para ajudar Velvet, mesmo que possuísse razões pessoais para chegar a tal ponto.

Enquanto Oscar, um exorcista legado, caminha por uma via contrária, sendo uma personagem de personalidade forte, mas preso a visão de mundo de Artorius, então se ele vai mudar sua mentalidade ou continuar assim e morrer pelos ideais de outra pessoa, só o tempo dirá.

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Eu até gostei da personagem, mas ele é preso aos ideais de outra pessoa.

As outras personagens, por enquanto são ok, agradáveis e também tiveram uma boa apresentação, mas nada além disso para dissertarmos mais profundamente suas personalidades.

Por enquanto temos um meio demônio um pouco puxado a Jack Sparrow e uma feiticeira preguiçosa que, obviamente, acompanharão a nossa protagonista em suas aventuras pelo mundo. Com o tempo parece que outras personagens se agregarão ao grupo, como podemos observar na opening do jogo ( a opening no final dos episódios são dos jogos).

Os dois episódios também tiveram muita ação, principalmente o 7, com uma linda coreografia de batalha de Velvet contra Oscar, além de um clímax com o aparecimento de um dragão, que eu só achei ruim por ser feito em CG. Eu preferia que os dragões de tales fossem feitos em 2D, mas nada que tenha prejudicado minha imersão no confronto contra o “símbolo da malevolência”.

Sinceramente a única coisa que eu não gostei nestes episódios é a quebra abrupta com a linearidade da história. No episódio 05, tivemos um final tenso com o grupo do Sorey que faz um gancho com o próximo, contudo eles optaram por inserir os acontecimentos do passado ao invés da continuação do anterior. Não que seja de todo ruim, já que estes episódios explicam o the X no título, mas como eu disse foi uma quebra perto de um clímax, então não gostei da forma como fizeram, mas é opinião pessoal minha.

Também entendo perfeitamente que estão adaptando o roteiro para incluir Berseria como marketing para o jogo, que a proposito vai ser lançado este ano no Japão. O que me preocupa de fato é as consequências disso, já que a história de Zestiria é imensa e mesmo que estejam adaptando certas coisas de forma original, vão ter que rushar algo em algum momento.

Agora falando dos jogos, o que eu estou sentindo falta nestes últimos títulos de tales é de uma interação romântica entre as personagens, não que a história seja ruim por não possuir este elemento em sua narrativa, mas me agrada mais ver uma aventura com um casal que possua química e tenham um romance que se não for pedir muito, que se concretize no final.

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Estes são os dois seres que me iludiram no Xillia. O romance não foi concretizado T.T

Para finalizar, estou gostando bastante dessa adaptação de Tales, não com um hype imenso, mas o anime já cumpriu com as minhas expectativas: a animação está boa, bem fluida, com cortes de ação bem animados, ótima direção, episódios bem movimentados, lindos backgrounds (como do jogo) e uma trilha sonora boa.

Sendo assim, Tales of Zestiria the X está entrando para a minha lista como uma das melhores adaptações para anime da franquia tales of, mesmo com certas mudanças no roteiro da história.

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E você que nota daria para esses episódios?

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Extras:

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Gosto dessas prévias com diálogos estilo VN, que também tem nos jogos, ficou legal

 

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10/10 para quem fez esta arte

Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.