Impressões: Fate Stay Night UBW #16 ao #18

A revelação de quem é a Saber na adaptação da rota Fate foi mais emocionante comparada a da descoberta de quem é o Archer nessa, ou foi só impressão minha?

Melhor personagem! Quero ele em todos os episódios!

O episódio 16 é puro build up para o resgate da Saber, o interessante dele é que entendemos porque o Shirou é um idiota perturbado com síndrome de super herói, querendo salvar todo mundo. Essa explicação com certeza ajuda mas ele não deixa de ser irritante só porque eu sei o motivo que o levou a virar alguém irritante (o Shinji de Evangelion não deixa de ser um imbecil irritante só porque ele tem justificativas para ser do jeito que é). Ele superar esse “pseudo trauma” e apego ao ato do pai, que o levou a virar um idealista, seria uma boa em termos de desenvolvimento também. Não que ele precise mudar completamente, mas pelo menos que deixe de agir feito idiota arriscando a vida dele e os a sua volta para tentar salvar uma única pessoa, mesmo quando sabe que não tem chances lógicas.

O mais legal do episodio pra mim acabou sendo a chegada do Lancer com a cena de ciume do Shirou, ri muito do momento “comédia romântica” da Rin.

O episódio 17 embora seja bonito, com efeitos especiais pra todo lado (da-le CG!), tem uma direção e OST meio fracas, que não conseguem empolgar muito, não em todos, mas em vários momentos. Não é ruim, mas ficou mediano quando podia ser mais que isso. Os personagens ficam batendo papo sem parar (é anti-climático, mata toda tensão da luta!) e a Caster cheia de diálogos de vilã clichê contanto vantagem não ajuda também. Podia ser um climax bem melhor se tivessem cortado metade dos diálogos e deixado a ação rolar com uma escolha melhor de OSTs de fundo em algumas partes. Particularmente o final com a morte da Caster e o “namorado” querendo se vingar foi mais fria do que deveria ao meu ver (culpo a direção, de novo!). A cena do Archer parando a lança e da Rin usando golpes físicos na Caster ficou legal.

Para quem ainda não tinha pescado, no episódio 18 finalmente revelam que o Archer é o Shirou do futuro, que virou um espirito guardião, sendo invocado a todo momento para salvar a humanidade. Com o tempo ele fica desiludido com tudo aquilo (no anime explica, não vou prolongar), culpa seus ideais por isso e entra na Guerra do Santo Graal como Archer para matar a si mesmo, evitando seu futuro cheio de sofrimento. É a famosa trama da viagem no tempo com o eu do futuro tentando mudar o passado. De longe a coisa mais criativa dessa rota, que não está se mostrando muito boa ao meu ver, com desenvolvimentos arrastados, toneladas de build up para pouco climax (a luta do Berserker no ep 3 foi a única coisa que me pareceu um climax bom até agora, exatamente por ser menos travada e cheia de bate papo no meio).

Gosto da virada da Rin pegando a Saber como servo para salvar a situação, mas o Archer ficar parado olhando pra ela em vez de matar o Shirou de uma vez não fez sentido, nem ela não invocar a Saber depois de acordar (como Shirou fez no colégio a uns episódios), ainda mais com a ameaça de ser estuprada pelo Shinji. Se tem algo que bloqueia isso naquela mansão eles tem que deixar claro para o público. E falando no Archer, ele é um filho da mãe por permitir aquela situação da Rin. O Shirou no presente é idiota, mas o do futuro ficou idiota de outra maneira também.

No geral estou ficando meio desapontado com esse Fate, estamos com 18 episódios (22 se eu contar os episódios duplos+prologo) e a única luta mais empolgante até agora foi a do episódio 3, de resto são toneladas de diálogos com poucos segundos de lutas cheias de efeitos em CG para parecerem mais chamativas (não funciona pra mim). A OST é  que mais se destaca negativamente no entanto, sendo por vezes mais sem graça em momentos importantes, e como se isso bastasse a direção parece querer deixar as lutas o mais frias o possível, junto a um roteiro que permite um bando de pausas para conversa (olhem essa parte no filme da Deen, a animação é muito pior mas eles cortam ou enfiam os diálogos essenciais com os personagens lutando ao invés deles pararem toda hora). A animação continua bem acabada mas fora das lutas está meio estática demais, principalmente comparado a primeira parte do anime (não teve sakugas de expressão ou movimentação em diálogos até agora, o que é uma pena, porque algumas cenas pediam isso). No geral essa está se saindo uma adaptação mediana ao meu ver, visualmente bonita e no geral fiel a VN, mas com uma direção fria, um roteiro anti-climático e uma OST sem graça. Continua funcional para quem só quer ver um copy/paste da VN com uma direção automatizada, mas não é esse meu caso.

Avaliação: ★    ★ 

Extras

Cadê a emoção? Coloca ao menos uma música triste no fundo…..o diretor não quer que a gente sinta nada?

Tava cheio desses diálogos bestas nesse episódio…..não acho que os fãs da VN iriam reclamar de cortar esse tipo de coisa.

Uma das coisas mais legais da Ufotable são os cenários dos animes dela (que ela encomenda de estúdios especializados no ramo, como quase qualquer estúdio de anime tirando a KyoAni), é isso somado a um bando de filtros que o estúdio uso na pós-produção para dar acabamento nos personagens, de forma imergirem corretamente no cenário e corrigir imperfeições, que dá um visual diferenciado e mais bonito aos animes dela (em alguns momentos os personagens chegam a parecer CG por causa do acabamento que eles fazem nas bordas). O problema é que as vezes ela exagera, dando muita enfase nos efeitos na hora dos retoques da pós-produção. No anime dela da próxima temporada (God Eater) exageraram tanto no acabamento digital dos personagens que ficou parecendo que eles são feitos em CG.

Essa cena sozinha vale o episódio, eu rolei de rir com a expressão da Rin.

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Obs: Se quem jogou a VN quiser comentar spoilers futuros coloca um aviso de “”SPOILER”” antes de comentar. Caso contrário vou deletar ou editar o comentário.