Primeiras Impressões: Parasyte & Garo – Honoo no Kokuin –

Chegando com dois novos animes para acompanhar!

Fim de ano está chegando, junto com a ultima temporada de 2014. Assim, vamos adicionar dois títulos para serem comentados semanalmente. Os comentários sobre a estreia de ambos vocês já devem ter lido no post de primeiras impressões da temporada de outono, então aqui vou me focar mais no conjunto do que já saiu. Lembrando que tanto Garo quanto Parasyte são obras confirmadas com 2 cours, então nossa jornada vai até março do ano que vem.

Garo -Honoo no Kokuin -: Episódios 1, 2 e 3

Para os que não sabem, Garo é um anime de uma franquia de super sentais/tokusatsus/algo assim, o que como esperado… eu não tive contato com nada disso. Eu duvido que esse seja o caso de alguém lê esse blog (caso sim, sinal nos comentários) então não vai ser problema julgar o anime de forma independente.
Garo provavelmente vai seguir o caminho de darks fantasys típicos: uma ambientação medieval obscura, com boa parte das cenas ocorrendo a noite, num mundo cinza e sem brilho (algo que contrasta muito com Bahamut, do mesmo estúdio, que mesmo numa cena noturna fez questão de mostra um céu lindo e estrelado iluminando o cenário).

Nesses 3 primeiros o anime preparou o terreno para o que está por vir: um cenários de conspirações, perseguição, e surpreendentemente, talvez um trabalho no relacionamento entre pai e filho (algo meio raro numa mídia cheia de órfãos, literalmente ou em presença).
O anime no entanto sofre de alguns problemas na parte da animação. É uma produção competente, de fato, que consegue passar o necessário, mas esses primeiros episódios se mostraram bem irregulares nesse ponto. O uso de CG é entendível, até para dar mais fidelidade à armadura que acredito eu, seja icônica na franquia. No entanto, algo que tem me incomodado é a inconsistência no character design. Isso ficou bem claro no ultimo episódio (talvez porque esse seja mais de build up, apenas).

Garo também parece que vai adotar o sistema de “monstro do dia”, com cada episódio tendo um Horror para ser derrotado, algo que acredito eu, seja recorrente em tokusatsus. Por sorte, para quem não está acostumado, mesmo com isso os 3 primeiros episódio entregaram todos informações valiosas sem parecerem expositivos. Ainda que a tática de fazer uma primeira metade calma com uma segunda movimentada seja batida, não soou mecânico devido a construção clima em cada episódio.
Estou com expectativas positivas para Garo, apesar de algumas ressalvas, então vou seguindo animada por enquanto.

Parasyte: Episódios 1 e 2

Nós já vimos jovens pacatos lidando com devoradores de humanos esse ano com Tokyou Ghoul, agora voltamos numa outra abordagem com Parasyte!
Com gore e uma animação caprichada, além de ser adaptação de uma obra mais renomada, Parasyte está no estilo que fez a Madhouse ser conhecida como a casa de grandes obras, com apelo popular principalmente ao fandom ocidental. O anime veio num “pacote” para tirar do baú o mangá de Parasyte, que incluí um filme em live-action e lógico, a reimpressão do mesmo (isso tudo me deixa muito, muito animada já que meu mangá favorito também é dos anos 80/90 e apesar de culto e popularidade nunca ganhou adaptação para live-action ou anime).

Assim como Garo, eu não tive nenhum contato com o material de origem, mas vi pelos comentários de quem teve que houve muitas liberdades criativas para atualizar a obra, fazendo-a se passar nos dias de hoje. Isso… não me interessa! Afinal, eu estou assistindo o anime e se o original é melhor por ter ou não isso e aquilo não é da minha conta.
Nesses dois primeiros episódios, Parasyte já definiu sua temática de maneira bem clara: o convívio de seres que se alimentam de seres humanos (esses, muito mais hostis e diretos que os Ghouls), escondidos em nossa sociedade, assim como a própria relação do ser humano com as outras formas de vida (da boquinha do próprio Migi, “O homem é a coisa mais próxima à um demônio). É uma discussão de caráter universal e atemporal, o que pode ter contribuído para a obra ter conseguido ser adaptada hoje em dia anos após sua conclusão.
Com um material original que parece bem acima da média e uma equipe competente, espero muito do que está por vir.


Extras:

Comentando as duas aberturas!
Primeiramente, a de Garo é sensacional! A música do grupo JAM Project, conhecido pela abertura de vários animes, tokuatsus entre outros, combinada com a animação criativa dirigida por Tomoyuki Niho (que por acaso, também trabalhou na de Ping Pong), combina perfeitamente com o anime, seja no feeling ou na hora de contar a história do protagonista. Definitivamente nada a reclamar sobre.

Parasyte tem algo um pouco mais humilde e padrão, com o aspecto mais chamativo a música pela já conhecida banda Fear and Loathing in Las Vegas. Ah, o protagonista aparece sem óculos e com o cabelo para trás! Esse frame lembra um pouco uma imagem bem conhecida do mangá.