Resenha – Outbreak Company

Capas da light novel
Aquela bobagem que não dá para desgostar.

Outbreak Company é um anime de 2013 produzido pelo estúdio Feel(ings) e pela Pony Canyon. É baseado nas Light Novels de mesmo nome, escritas por Ichirou Sakaki e ilustradas por Yuugen. Com um pai que escreve light novels e uma mãe que é artista em jogos eróticos, Shinichi Kanou é considerado um otaku de “sangue puro”. Contudo, Kanou não tem qualquer poder especial, com exceção do seu amplo conhecimento, da sua tremenda perspicácia e de um instinto excepcional sobre tudo o que diz respeito a produtos “Moe”, quer sejam mangas, animes, jogos, light novels ou figuras. Um dia, este jovem é transportado para um mundo fantasioso onde vivem elfos e dragões, recebendo uma tarefa: não enfrentar qualquer monstro ou embarcar em missões, mas sim para o seu conhecimento “Moe” nesta nova dimensão, tornando-se assim um “missionário Moe”. O problema é que para isso, Shinichi vai inevitavelmente ver-se envolvido nas várias peripécias e problemas diários daquele universo. Será que, mesmo perante as circunstâncias, vai ser capaz de cumprir com o que lhe foi pedido?
Quando Outbreak começou, era puro elogios de minha parte, todas as fórmulas que fazem que eu goste de algo estavam tendo uma boa reação.
A começar temos o elenco maravilhoso que somos apresentados, temos um harém dos sonhos aqui, uma princesa loli, uma meio-elfa maid e uma meio-lobo, quem não quer um harém desses que atire a primeira pedra.
O problema todo está no desenvolvimento disso aqui, a comédia disso aqui é bem pastelona e até que funciona muito bem, garantindo boas risadas para quem assiste, o problema todo é que tem um plano de fundo mal feito.
As pessoas aceitam bem demais toda a cultura que o Japão trouxe, e bom, eu nenhum lugar que eu conheça é bem assim, por exemplo, aqui isso é visto como algo de criança, então por que diabos num mundo meio medieval aceitou-se tão facilmente?
Até é apresentado um conflito, mas é bem curto, um episódio apenas e depois volta a ficar perdendo tempo com coisas aleatórias que acontecem.
Não sei como fica na LN, mas a história ainda coloca uma estrangeira (a meia-lobo) no harém do protagonista. Num universo conspiratório o que isso significaria? Ela é uma espiã, certo? Se chutou que sim, está errado; no que foi mostrado dela até agora, foi apenas mais uma garota para tentar vender ainda mais a série (algo muito utilizado em IS).
Mas por outro lado, dá para ver tranquilamente a série. Apesar de ser pastelona, ela apresenta várias referências para o deleite de quem assiste; as referências se encaixam bem no contexto apresentado na historinha do episódio e são fáceis de compreender, e tem de tudo, uma das mais bem feitas, foi uma de Precure.

Em suma, é algo para passar o tempo, para ver e só ficar vendo. O plot é mal aproveitado, não tem os conflitos políticos que poderiam ser feitos, toda a confusão que poderia ser feita… As personagens são lindas e puro material de waifu. Poderia ter sido pior, mas poderia ter sido esse o AOTY. No fim só serviu para mostrar uma vida que seria um sonho: ganhar pra falar bem de coisas de weeaboo.