Primeiras impressões: Hamatora

– Um bando de caras legais fazendo coisas legais. Conheça Hamatora.

Diretor Chefe: Seiji Kishi (Angel Beats, Jinrui, Persona 4, Arpeggio of blue steel)
Diretor: Hiroshi Kimura (Haitai Nanafa, Recorder to Randsell e uns bicos em Naruto e variados)
Estúdio: NAZ
Roteiro: Jun Kumagai (Galilei Donna), Touko Machida (Allison to Lillia, Idolmaster, Amnesia)
Notas adicionais: mesmo character design de Blood Lad, estúdio ORANGE cuidando dos CG.
Considerações: Seiji Kishi é um diretor que por algum motivo que desconheço é odiado pela anisfera gringa e alguns blogueiros brasileiros também entraram na onda. O fato é que ninguém realmente diz nada sobre ele a não ser que ele só é bom dirigindo animes de comédia (o que implica que ele é realmente bem sucedido, pois a maioria dos animes que ele dirige tem comédia no meio, Hamatora incluso). O estúdio NAZ é novo, logo não se pode dizer muita coisa sobre seu histórico. No roteiro temos alguém que trabalhou em Galilei Donna, que meus parceiros de blogagem não aprovaram (eu não posso afirmar nada pois só vi o episódio 1) e outro alguém que já trabalhou em uma variedade boa de animes de diferentes gêneros. O estúdio ORANGE é o mesmo que foi encarregado dos mechas de Majestic Prince, porém até onde foi visto só animaram alguns carros, ou seja, dessa vez eles não vão estar trabalhando com 100% do potencial.
Melhor cena, mas sem mamilos para vocês
Episódio: Hamatora trata de um grupo de amigos com superpoderes (esses superpoderes precisam que determinadas condições sejam cumpridas antes de serem ativados, assim como em Darker than black) que tiveram a brilhante idéia de usar esses superpoderes para ganhar dinheiro e assim alugaram uma mesa (sim, uma mesa) em um bar para servir de base para suas operações estratégicas. O que eles fazem? Qualquer tipo de serviço que esteja de acordo com as condutas morais do grupo e dentro da lei. O nome do grupo se chama (tandandandan) Hamatora. Vocês certamente já viram essa premissa, pois desde Gintama ela vem sido utilizada de tempos em tempos (Sket Dance, Kamisama no memochou e associados). O que muda é basicamente o contexto e as personas envolvidas.
O CG do caminhão é perfeito, vejam, admirem a beleza do CG do caminhão
Essas personagens constituem-se basicamente de uma horda de pessoas loucas e desvairadas com diálogos imprevisíveis e exercícios de metafísica e conhecimento cult em geral que não levam a lugar algum, pois essa é a piada. Um dos personagens por exemplo começa a discorrer sobre como Colombo provou que uma conclusão fútil só é fútil depois que alguém a enuncia (o lance de equilibrar um ovo na mesa) e a partir daí concluiu que Colombo desperdiçava comida, e tudo isso serviu para que ele chegasse ao ponto principal, que era pedir sal para o seu colega motorista para comer o ovo que ele tinha deixados no porta malas do sujeito há alguns dias atrás. Comparativamente, esse modus operandi me agrada mais do que simplesmente dois personagens começaram a discutir filosofia do nada simplesmente pelo prazer de discutir filosofia unicamente para fazer apologia a Nietzsche, Descartes, Gramsci, Sócrates e todo o resto da trupe.
Deixando as analogias ovônicas de lado, pode-se estabelecer um paralelo com outro anime cheio de pessoas doidas e malucas, Durarara, mas não no sentido narrativo multiforme, e sim em um sentido estilístico. Todos os personagens tem aquela vibe olhe para mim, sou cool, com o adendo de que os esteriótipos por enquanto são menos definidos do que em Durarara. Tem o loirinho, o doutor, o de cabelo branco usando óculos, o de cabelo branco não usando óculos, as meninas e o Barman que sofre de uma estranha compulsão na qual precisa estar o tempo todo fazendo café, pois de outra forma padeceria de depressão por abstinência.

O que esperar disso tudo? Visto que eles dispõem de vários personagens para brincar, seria interessante se a cada episódio aprimorassem um pouquinho ali, mostrassem o passado de outro ali, dessem uma pincelada na alergia a gatos que o fulano-kun tem, tudo isso sem desviar do ponto principal, que são os casos, as investigações, e quem sabe um sakuga de 3 minutinhos em um episódio ou dois também não fosse bom? Contanto que a premissa não se “esgote”, ele tem tudo para ser uma diversão leve, descontraída e que possa valer seu tempo.