Junho de 2013 – Resumão de séries

-Essa imagem diz tudo.

1) Hunter X Hunter Chimera Ants (episódios 77-85)

-Simplesmente o melhor anime que vi esse mês, deixando os outros para trás por uma milha. Tudo foi premeditado e calculado, desde a chegada da rainha ao nascimento dos soldados e a consequente procura por seres mais volumosos (humanos) em prol do desenvolvimento da colônia com a também consequente descoberta da inteligência por parte das crias com ascendência humana e a forma como racicionaram gradativamente descobrindo por meio da lógica como o mundo humano funciona, sobre a individualidade e por fim o poder do Nen, tudo se deu de forma totalmente orgânica nos dando a oportunidade de poder apreciar ambos os lados da moeda. Essa sacada de os descendentes herdarem características humanas foi genial, principalmente por torna-las personagens com mais realidade, mais humanidade. Os humanos não são melhores que as formigas chimera tal como as formigas chimera não são melhores que os humanos, pois ambos partilham do mesmo intelecto e das mesmas virtudes e vícios. Tudo isso mantendo a pegada de shounen no processo. Esplêndido.

2) Valvrave the liberator (episódios 9-12)

-Valvrave continua como sempre CRAZY AS FUCK, e essa sempre será sua maior qualidade. Dois episódios fraquinhos esse mês e dois medianos-bons, seja lá o que isso significar. O ponto positivo como sempre são as personagens femininas e o L-elf, que roubam a cena quando aparecem, e os negativos constituem em 90% do drama que o anime tenta enlevar (umas poucas exceções, como o drama de L-elf (por ser sutil) e o drama de Akira (por ter sido trabalhado durante 4 episódios). No geral continua sendo uma experiência divertida e gratificante, e que venha a segunda temporada.

3) Hataraku Maou-sama (episódios 9-13)

-Acredito que tudo que tinha pra falar de Maou eu já falei, mas vou falar de novo. Era excelente no começo, então decaiu ao nível mediano com a ajuda dos fillers e de um arco também mediano para chegar em um desfecho de fim de arco bobinho como o do episódio 5. Eu gosto daqueles desfechos simples com porradaria, mas entendo que alguns vão afirmar que é uma solução muito fácil. De qualquer maneira, Maou pra mim valeu a pena apesar dos defeitos.

4) Shingeki no Kyoujin (episódios 9-13)

-Aos poucos eu fico sem saber o que falar de Shingeki, visto que o pacing é extremamente lento e não permite que mais de uma coisa aconteça por episódio. Não falha em impressionar, mas para isso é necessário que ele esteja sempre se renovando continuamente, pois é a única forma de manter o interesse do público. Seguindo.

5) Suisei no Gargantia (episódios 9-12)

-É, Gargantia acabou, e o que sobrou foi uma expectativa elevada por demais para a obra que infelizmente não foi correspondida, limitando a qualidade do anime a mediana. Gargantia tentou explorar vários temas, mas infelizmente seu tempo limitado não o permitiu aprofunda-los prejudicando assim a transição dos eventos narrativos. Como um todo é consistente e não deixa ponta soltas, mas é apenas isso que ele faz: cumprir sua função de forma minimalista e objetiva. Eles não tentaram criar vínculo algum entre o espectador e os personagens, nem mesmo com relação ao romance entre Ledo e Amy (apesar de terem tentado, mas o excesso de escritores fez com que se tornasse uma bagunça). A primeira parte e a segunda parecem pertencer a universos totalmente distantes, o que me faz duvidar da real utilidade da primeira metade e do tempo gasto com a mesma, muitos vezes mal aproveitado. Serei mais específico: os episódios de Gargantia não se complementam bem. Quando Ledo foi chamado pelo seu capitão, ele não pensou duas vezes antes de abandonar a tripulação com a qual havia convivido por sete episódios; a grande revelação de que os humanos eram hideauze foi logo esquecida para dar lugar a um final improvisado; o “culto” era tão clichê e exageradamente estóico que a decisão de Ledo e Pinion de se virarem contra o mesmo era previsível e foi destituída de impacto (bem, o ponto positivo é que desde o início não foi feito nenhum esforço para mostrar que eles eram sãos de alguma forma). Houve também o episódio de praia, mas isso é óbvio demais. No geral, foi tudo tão desprovido de vida que Gargantia acabou se tornando deveras esquecível. Eu até gostaria de discorrer sobre o “tema” do anime (seja ele qual for), mas foi tudo tão bagunçado e ligeiro que apenas posso desejar boa sorte para os aventurados. Aliás, Gargantia funcionaria bem melhor como um filme de 90 minutos. Adeus, Ledo, não me lembrarei de ti. Adeus, Chamber, de ti eu lembrarei.

6) Hentai Ouji to Warawanai Neko (episódios 8-9)

-Esse arco foi certamente o mais fraco de Henneko, seja pela nova personagem desinteressante ou pela conclusão nonsense e overdramática (no sentido de assumir que o espectador se importava com a menina de cabelo rosa). Todavia, a comédia foi certamente o ponto forte desse arco, seja com o mindfuck da escola italiana, os mizugi, Azusa sendo moe ou Tsukiko com seus gritinhos, e nisso Henneko se mantém estável. Eu já vi os outros episódios, mas comento-os mês que vem aqui rapidamente nesse espaço.

7) Dokidoki Precure (episódios 18-21)

-Precure foi fraco esse mês, principalmente em função do drama em torno de Regina que falhou em impressionar e dos fillers (eu pulei o episódio 19, inclusive). A animação não ajuda também, e o que poderia ter sido uma grande batalha foi substituído por um drama que vem se prolongando a tal ponto que dá a impressão que os roteiristas não sabem o que fazer com a personagem. Estou oficialmente desistindo de blogar Precure, pois não consigo mais manter aquele ritmo.

8) Date a Live (episódios 4-12)

-Há uma coisa que me deixou bem chateado em Date a Live, que foi a falta de falas da Yoshino. Meu episódio favorito foi o quarto, o primeiro em que ela apareceu. Sua aparência loli e o mascote falante dão um ar bem atraente para sua personagem, mas por algum motivo o autor resolve ignora-la após o episódio 5 em favor da Tohka (que é chata). O arco final pareceu ter sido encaixado precariamente, tendo em conta que Kurumi sumiu do mapa nos episódios finais por motivo nenhum, o que não faz sentido considerando sua personalidade.

9) Kemono no Souja Erin (episódios 1-3)

-Erin conta a história de uma menina que mora em um pequeno vilarejo onde répteis conhecidas como Touda são criados para servir como arma de guerra para o império ou coisa parecida, e a responsável por esse ofício é ninguém menos que a mãe de Erin, Soyon. O ponto mais positivo de Erin é que tudo até agora foi detalhado pelo autor no que concerne aos métodos e cuidados relativos aos Touda, e todos os episódios até agora se focaram em um aspecto diferente dos mesmos, como o fato de uma certa erva poder prejudicar a saúde destes se misturada com a água especial de que eles necessitam ou o fato de suas orelhas serem cortadas quando atingem uma certa idade. O ponto negativo é que além disso não há muita coisa a ser discutida. Como personagem criança, Erin é bem limitada e o pacing lento também não ajuda. São 51 episódios, afinal. É possível que haja alguma progressão mais para frente, mas por enquanto estou desmotivado a continuar assistindo.