Impressões semanais: Hataraku Maou-sama 9 – Resolvendo mau-entendidos e a batalha entre os gigantes do fast food

-Rumo a um novo horizonte.

-Esse episódio foi bom por dois motivos: o retorno de Alsiel e o cessar da insistência daquela amiga chata da Emi em dizer que ela e Maou podem estar tendo um caso. Piadas propriamente ditas ficaram ausentes dessa vez, mas independente disso foi refrescante ver uma nova rota ser trabalhada depois de tanto tempo.

-Pela propaganda do anime deduzia-se que este se focaria na conquista propriamente dita de Maou como funcionário e do MagRonalds como empresa. O resultado até então foi diferente do esperado, mas acabou surpreendendo. Porém, chegamos a um ponto em que algo precisa mudar, logo a premissa original aparente foi traga de volta, e já era tempo. Pela primeira vez, vamos Maou se defrontando com uma situação de crise e tendo de usar suas técnicas como gerente administrativo para resolve-la. O monólogo combinou bem com a proposta, em uma dinâmica que remete ao saudoso protagonista Light Yagami e a direção dramática de cenas com closes faciais e angulos baixos (alguns animes de comédia como Gintama usam essa tática de monólogos como forma de paródia, e dessa vez foi Maou). Confesso que não saberia o que fazer nessa situação (lidar com pessoas não é o meu forte). 

-A historia de Alsiel/Ashiya é interessante por grande parte da mesma ser verdadeira. Ele fez uma alegoria direta com os eventos dos primeiros 5 minutos do primeiro episódio, desde o início da conquista até o contra ataque e finalmente a tomada de Ente Isla. Vejam bem: Maou, Alsiel e Lúcifer dirigiam uma pequena empresa (Ente Isla) e Emilia era funcionária de uma grande empresa (a igreja com influência em 4 continentes). O cômite dos 4 generais e seu exército estavam conseguindo empreender sua conquista com sucesso quando a empresa mais forte chegou e refreou suas investidas, tomou suas terras (roubou seus funcionários que escolheram um contrato melhor) e expulsou-os de seus domínios (a companhia foi a falência). Uma coisa a se notar aqui é a contraposição entre a posição de Emi e a dos 4 generais. Emi era um fantoche da santa igreja  com uma posição de alto prestígio que seguia ordens diretas de uma instituição corrupta ao passo que Maou e seus compatriotas lutavam em torno de um ideal em comum (apesar de alguns membros serem mais revoltados, como o Lúcifer, essa é a natureza de um demônio), e essa confiança e proximidade reiteram a analogia de pequena empresa, com muito menos setores e burocracia do que a grande empresa que funciona através da cooperação de grupos isolados que pouco se conhecem. Os demônios eram parte de um clã ao passo que os 4 guerreiros eram parte de uma sociedade com todas as hipocrisias, preconceitos e desavenças dela decorrentes.

-Eu jurava que o Maou e a Chi-chan eram os únicos funcionários além da chefe, de que buraco esses cabocos saíram? Gostei de como a segunda metade enfatizou o quanto a Chi-chan é kawaii, e ela é mesmo, não é? Fofinha, dá vontade de adotar. Sabe o que é legal na idéia do Maou? Simples, ele se utilizou de uma conveniência (no caso o festival) para atrair clientes de forma inusitada, provando ser capaz de colocar em prática contramedidas para tempos de crise. Não só as circunstâncias favoreceram, mas também os contatos, o que já diz muito de suas habilidades de negociação e troca de favores, e principalmente a liderança. Não é a toa que ele era o lorde dos demônios. Curioso é que a informação do Ashiya não serviu de nada para influenciar nessa decisão, e ele acabou indo no Kentuchy só pra comer kkkk. Mesmo assim, ainda fiquei surpreso com a eficácia da estratégia, eu sofro no Rollercoaster Tycoon pra fazer os brinquedos  e lanchonetes mais populares, mas sempre me ferro. Ainda tem a questão da desconfiança de Suzuno e a possibilidade de Maou ter utilizado Mana como catalisador, mas deixemos isso para a próxima.