Impressões semanais: Valvrave the liberator 7 – L-elf está de volta!

Saki com 200 anos de idade

-MILF, pls.

-Mas que prólogo foi esse, cavalheiros? Um mega time-skip ou meramente brincadeira da produção? E esse vilão a la Gundam, hein? Seja lá o que eles queriam com isso, sem dúvidas foi estiloso. Como eu havia dito na semana passada, a Saki é uma personagem popular com os japoneses, e os produtores ao perceberem o fato teriam encaixado essa situação fictícia para levantar ainda mais o astral dos fãs, perpetuando assim a tradição de galhofagem pela qual Valvrave se popularizou desde cedo. Ela está tão em alta que já ganhou um mangá spin-off na Monthly Comic Dengeki Daioh da ASCII Media Works, intitulado Kakumeiki Valvrave Ryūsei no Valkyrie, tratando-se da história relativa a sua carreira de Idol. Fiquei sabendo também que as dublagens foram realizadas pré-animação, ou seja, os seyuus tiveram de improvisar sem imagens. A principal vantagem desse modelo é que a sincronia entre as falas e a animação é superior, visto que os animadores já dispõem dos arquivos com e sabem o tempo de duração dos diálogos. 


PS: O barbudão chamou o Carmilla de modelo ultrapassado enquanto pilotava uma cabeça de touro. Parece legítimo.

-O problema mesmo foram as cenas seguintes abordando um conflito inútil entre o presidente do conselho estudantil (o loirinho sem moral) e o Haruto sobre o direito de posse dos Valvraves, e é nessas horas que não há escolha a não ser olhar para a tela e esperar que os eventos obrigatórios de encheção de linguiça terminem. Desconsiderando as considerações que remetem à falhas lógicas de enredo e similares, um problema pendente em Valvrave é o excesso de personagens que vez por outra são jogados em tela para preencher espaço. Até agora apenas 4 da lista se consolidaram: Haruto, Shouko, Saki e L-elf (eu gosto da Akira também, mas ela ainda não mostrou a que veio. Em compensação, as cenas em que ela aparece são muito menos forçadas que as dos demais). Por sorte, a série tem 2 cours e estão rolando alguns boatos por aí de que a Sunrise pretende fazer ainda mais a ponto de transformar VVV numa franquia. Será? Continuando, o que dizer então da cena seguinte em que Takahi (até esse episódio, eu achava que ela fosse a presidente do conselho estudantil, perdi alguma coisa?) encosta Satomi na parede de modo a imitar o que Saki havia feito em posse do corpo de Haruto? Nada além do fato de as garotas de Valvrave terem um parafuso a menos no cérebro. 


-Essa cena foi muito mais “wtf Valvrave” que as anteriores, apesar de o “poison cooking” já ser uma piada velha. A presença de Shouko e Saki em uma mesma cena por si só fazendo palhaçadas já é um plus, e fica melhor ainda quando L-elf chega na cara de pau mostrando sua apreciação pela arte da culinária. Mas não pensem que ele abrandou suas ações, visto que passou os dois últimos episódios escrevendo uma monografia a ser entregue para Shouko, a representante oficial da nação independente de JIOR. Claro que ela não aceita, mas ele já estava preparado para a possibilidade e instalou armadilhas e portões automáticos em todo o perímetro escolar (ou não, mais provável que os portões já estivessem instalados, tendo em conta que o módulo foi criado com a finalidade de experimentar e adaptar alunos para se tornarem vampiros e pilotarem robôs gigantes), fez todos os estudantes de refém, amordaçou uma sala inteira e ainda enganou o Haruto com uma gravação (lembram quando o Lelouch fez a mesma coisa com a Karen?). A produção se aproveita da apelação do personagem para desencadear novos eventos continuamente e isso acaba convergindo em comédia involuntária. Ele é tão sem limites que eu acabo aceitando isso e rindo do fato. Não culpo-o por ter sido extremista, eu também ficaria revoltado se a monografia que eu tive tanto trabalho escrevendo fosse rejeitada sem cerimônias. Personagens da ficção tem a vantagem de não precisarem operar dentro do sistema.



-Boa, L-elf, usando o banana do Haruto de escudo, não esperava menos de você! Todo aquele papo de mão-direita me leva a acreditar que os comikets estarão repletos de material para fujoshi com Haruto e L-elf protagonizando os doujinshis. A batalha foi um pouquinho melhor do que as anteriores precisamente por ser a primeira vez em que os dorssianos pensaram em uma estratégia antes de atacar, mas de resto, apenas mais do mesmo com o Valvrave sendo OP como sempre e a instrumental da abertura ao fundo (para a fúria de uns e alegria de outros, L-elf previu as táticas do comandante do exército de DORSSIA). Valvrave faz uso de dois arquétipos de anime muito odiados, o “wimp” e o “gary-stu”, e é pela forma como interagem que se estabelece um certo equilíbrio de amor e ódio. Além disso, o anime procura evitar fazer com que os plot twists e acontecimentos da trama dependam exclusivamente de um ou de outro (a independência de JIOR se deu pela manifestação de Shouko e não por L-elf, o episódio passado foi exclusivo da Saki). Existe uma dose homeopática de L-elf a ser administrada para o enredo seguir em um ritmo adequado.



-Oh, vejam, é a Aina-chan! Ela é uma das colegas de classe do Haruto na academia Sakamori, inteligente, charmosa, meiga e extremamente sentimental. Seu caráter é eivado de uma simpatia e humanidade que fazem dignifica-la ainda mais, seus óculos e laços de cabelo no formato de asas de anjo a tingindo de castidade e inocência. A imensidão de sua empatia e seu apreço pelos companheiros é como o desabrochar de um dente-de-leão em meio a gotas de orvalho após um período chuvoso exasperado por lágrimas resguardadas entre os véus da responsabilidade e da temeridade. Seu sorriso é doce como o néctar da ambrosia , seus vales curvados como o Everest, sua graça tão indizível por detrás de seus lábios macios como os de Afrodite. Oh, tu és a Monalisa de minha juventude, a Madonna hospedeira em minhas divagações, a Euridice que não me foi permitido contemplar por medo de perder-me no labirinto de seus olhos. Meu olhar distante, cálido, é como a águia que paira sobre a relva e se apossa de sua presa. Tão jeitosa, tão espirituosa e carismática, louvada seja pela magnitude de sua formosura e abençoada pelos teus gestos. Oh, rainha dos indigentes! Oh, musa das contemplações! Todo o meu afeto por ti transborda profusamente em um mar de contentamento, invertendo até mesmo o sentido de uma catarata. Todo meu amor nessa carta a ti entrego!

Ela vai adorar essa declaração

ELA STÁ MORTA, GENTE -q (por Augusto Rodrigues)
-Dessa vez, ao contrário da Shouko, é uma morte confirmada. Quem gostava da personagem que atire a primeira pedra! Brincadeiras à parte, acho que aqui nem foi o caso de forçar drama, e sim um estopim para o próximo piloto do Valvrave (o namorado dela, não sei o nome dele) surja. Quanto a execução, esta foi forçada por coincidir aleatoriamente a presença dela e a aparição de Q-Vier (dublado por Yuuki Kaiji)  naquele local. Houve até uma insinuação pré-morte de que ela estivesse apaixonada por Haruto e o namorado notou o seu comportamento. Fiquem na expectativa de uma briga com o namorado empurrando a culpa para cima de Haruto e blablabla. Estou mais interessado em saber quem é a misteriosa garota de cabelo rosa capaz de levar L-elf a verter lágrimas e como ela pode estar associada com a motivação por trás da revolução por ele planejada. 

-Hmmmmmm, imagem sugestiva. Muito sugestiva.