Impressões semanais: Dokidoki Precure 7 – A queda de um reino e a corrupção de um mundo

-Outro dia estava refletindo sobre a aparente falta de verba de Precure esse ano. Me lembrei então do tão aguardado remake de Sailor Moon e tudo fez sentido. Enfim, vamos ao episódio.

-Finalmente somos introduzidos ao passado de Makopi, que se mostrou relativamente mais simples do que o imaginado, com algumas ressalvas, como o fato da princesa ter experiência em combate (algo raro em Precure, pois normalmente as rainhas ou princesas apenas dão um buff nos poderes das Precure e não participam diretamente do conflito) e o estado de transformação permanente de Makopi em Trump Kingdom. E já vi uma história similar a dela em outro lugar, mas me falha a memória no momento. Deu-me a perceber também que o reino era deveras desorganizado e despreparado para lidar com situações de risco. Além da Makopi e talvez da rainha, quem mais conseguia fazer frente aos Jikochuus? Eu vi a silhueta de um ou dois guardas, mas eles não fizeram grande coisa. Em Suite Precure, era mais notável que existia algum tipo de hierarquia e organização entre os poderes de estado (vide os lacaios do rei e os testes para determinar a fada mais adequada a entoar a melodia da felicidade). Aqui faltou uma estruturação, mas em contrapartida pudemos apurar o relacionamento de Makopi com a rainha. Em uma cena um soldado diz a Makopi que ela é a única guerreira que sobrou. Se haviam outras, como elas desapareceram? Dado o despreparo de Trump Kingdom, é difícil imaginar que os Jikochuu já tenham invadido o reino em uma ocasião anterior.
Essa cena me lembrou Chrono Trigger por algum motivo

-Certamente a visão do reino destruído constituiu uma mudança de clima e foi uma forma de reafirmar a determinação de Makopi e colocar as garotas a par da situação vigente. É importante que elas saibam contra o que estão lutando. Minha curiosidade é saber até que ponto a influência dos Jikochuus pode afetar o mundo real.

-Eu estava antecipando um embate das Precure contra um exército de Jikochuus pelo preview, mas como eu disse acima, a escassez de verba está representando um entrave nessa temporada.  Em termos de luta, esse episódio deixou a desejar, mas em compensação tivemos duas cenas hilárias com lustres exageradamente grandes despencando sobre os vilões. Para ser honesto, eu esperava mais do Bell, mas admito que o trabalho em equipe rendeu uma boa estratégia para derrubá-lo (além disso, ele foi alvo de três especiais em sucessão). Ao menos ele não perdeu seu jeito pragmático de resolver as coisas, se certificando de quebrar o espelho de modo que as garotas nunca mais conseguissem sair daquele lugar.

-Um conceito novo também surgiu nesse episódio. Janejii (nos fansubs gringos, Egogy) como sendo a energia gerada a partir do egoísmo. E ao que parece, essa energia é como se fosse o HP dos vilões. Imagino que quando perderem toda sua Janejii serão purificados e se convertidos em humanos comuns.

-A trilha sonora foi bem perceptível nesse episódio, sendo utilizada de forma competente e nos momentos certos. O melhor exemplo é a cena em que Mana começa a rir a despeito das lamúrias de suas companheiras de equipe, e o som de uma guitarra desponta ao fundo ao passo que Mana argumenta que é possível voltar ao seu mundo tirando vantagem do poder do próprio vilão que as trouxe. Mana realmente está impressionando com seu poder de percepção e pensamento rápido. Afinal, quem decretou que uma protagonista bem humorada e otimista não é capaz de usar o bom senso? 
Essa imagem simboliza algo. O que, eu não sei. Alguém se arrisca?

-Até o próximo episódio.